E.E. Parque Marajoara II
PROFESSOR:
ARIANE |
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DISCIPLINA:
HISTÓRIA |
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SÉRIE/ANO/TURMA:
8º Ano D |
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DATA:
12/04/2021 |
DATA DE
ENTREGA: 16/04/2021 |
EMAIL: ariabr@terra.com.br |
4ª ATIVIDADE SEMANAL
(1ºBIMESTRE)
·
Após leitura do texto, faça um resumo do que você entendeu sobre
Revolução industrial.
Revolução Industrial
A Revolução
Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico que teve
início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que se
espalhou pelo mundo, causando grandes transformações. Ela garantiu o surgimento
da indústria e consolidou o processo de formação
do capitalismo.
O nascimento da indústria
causou grandes transformações na economia mundial, assim como no estilo de vida
da humanidade, uma vez que acelerou a produção de mercadorias e a exploração
dos recursos da natureza. Além disso, foi responsável por grandes
transformações no processo produtivo e nas relações de trabalho.
A Revolução Industrial
foi iniciada de maneira pioneira na Inglaterra, a
partir da segunda metade do século XVIII, e atribui-se esse pioneirismo aos
ingleses pelo fato de que foi lá que surgiu a primeira máquina a vapor, em
1698, construída por Thomas Newcomen e aperfeiçoada por James Watt, em 1765. O
historiador Eric Hobsbawm, inclusive, acredita que a Revolução Industrial só
foi iniciada de fato na década de 1780|1|.
O avanço
tecnológico característico da Revolução Industrial permitiu um grande
desenvolvimento de maquinário voltado para a produção têxtil, isto é, de
roupas. Com isso, uma série de máquinas, como a “spinning Jenny”, “spinning frame”, “water frame” e a “spinning mule”, foram
criadas para tecer fios. Com essas máquinas, era possível tecer uma quantidade
de fios que manualmente exigiria a utilização de várias pessoas.
Posteriormente,
no começo do século XIX, o desenvolvimento tecnológico foi
utilizado na criação da locomotiva e das estradas de ferro, que, a
partir da década de 1830, foram construídas por toda a Inglaterra. A construção
das estradas de ferro contribuiu para ampliar o crescimento industrial, uma vez
que diminuiu as distâncias, ao tornar as viagens mais curtas, e ampliou a
capacidade de locomoção de mercadorias.
O
desenvolvimento das estradas de ferro aproveitou a prosperidade da
indústria inglesa, uma vez que os financiadores de sua construção foram
exatamente os capitalistas que prosperaram na Revolução Industrial. Isso
porque a indústria inglesa não conseguia absorver todo o excedente de capital,
fazendo com que os investimentos nas estradas de ferro acontecessem.
O
trabalhador na Revolução Industrial
A Revolução Industrial
também gerou grandes transformações no modo de produção de mercadorias. Antes
do surgimento da indústria, a produção acontecia pelo modo de produção
manufatureiro, isto é, um modo de produção manual que utilizava a capacidade
artesanal daquele que produzia. Assim, a manufatura foi substituída pela
maquinofatura.
Com a maquinofatura, não
era mais necessária a utilização de vários trabalhadores especializados para
produzir uma mercadoria, pois uma pessoa manuseando as máquinas conseguiria fazer
todo o processo sozinha. Com isso, o salário do trabalhador
despencou, uma vez que não eram mais necessários funcionários com
habilidades manuais.
Isso é evidenciado pela
estatística trazida por Eric Hobsbawm que mostra como o salário do trabalhador inglês
caiu com o surgimento da indústria. O exemplo levantado foi Bolton, cidade no
oeste da Inglaterra. Lá, em 1795, um artesão ganhava 33 xelins, mas, em 1815, o
valor pago havia caído para 14 xelins e, entre 1829 e 1834, esse salário havia
despencado para quase 6 xelins |2|.
Percebemos aqui uma queda brusca no salário e esse processo deu-se em toda a
Inglaterra.
Além do baixo salário, os
trabalhadores eram obrigados a lidar com uma carga de
trabalho extenuante. Nas indústrias inglesas do período da Revolução
Industrial, a jornada diária de trabalho costumava ser de até 16 horas com
apenas 30 minutos de pausa para o almoço. Os trabalhadores que não aguentassem
a jornada eram sumariamente substituídos por outros.
Não havia nenhum tipo de
segurança para os trabalhadores e constantemente
acidentes aconteciam. O acidente mais comum era quando os trabalhadores tinham
seus dedos presos na máquina, e muitos os perdiam. Os trabalhadores que se
afastavam por problemas de saúde poderiam ser demitidos e não receberiam seu
salário. Só eram pagos os funcionários que trabalhavam efetivamente.
Essa situação degradante
fez com que os trabalhadores mobilizassem pouco a pouco contra seus patrões.
Isso levou à criação das organizações de
trabalhadores (mais conhecidas no Brasil como sindicatos) e
chamadas na Inglaterra de trade union. Os
trabalhadores exigiam melhorias salariais e redução na jornada de trabalho.
- Cartismo e ludismo
Dois grandes movimentos de trabalhadores
surgiram dessas organizações foram o ludismo e
o cartismo. O ludismo teve
atuação destacada no período entre 1811 e 1816, e sua estratégia consistia
em invadir as fábricas e destruir as máquinas. Isso
acontecia porque os adeptos do ludismo afirmavam que as máquinas estavam
roubando os empregos dos homens e, portanto, deveriam ser destruídas.
O movimento
cartista, por sua vez, surgiu na década de 1830 e lutava por direitos
trabalhistas e políticos para a classe de trabalhadores da Inglaterra. Uma das
principais exigências dos cartistas era o sufrágio
universal masculino, isto é, o direito de que
todos os homens pudessem votar. Os cartistas também exigiam que sua classe
tivesse representatividade no Parlamento inglês.
A mobilização de
trabalhadores resultou em algumas melhorias ao longo do século XIX. A pressão
exercida pelos trabalhadores dava-se, principalmente, por meio de greve. Uma
das melhorias mais sensíveis conquistadas pelos trabalhadores foi a redução da
jornada de trabalho para 10 horas diárias, por exemplo.
A mobilização de
trabalhadores enquanto classe, isto é, pobres (proletários), não foi um
fenômeno que surgiu especificamente por causa da Revolução Industrial. Nas
palavras de Eric Hobsbawm, o enfrentamento dos patrões pelos trabalhadores
aconteceu, porque a Revolução
Francesa deu-lhes confiança para isso, enquanto a Revolução
Industrial trouxe a necessidade de mobilização permanente|3|.
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