E.E. Parque Marajoara II
PROFESSOR:
ARIANE |
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DISCIPLINA:
HISTÓRIA |
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SÉRIE/ANO/TURMA:
9º Ano C/D |
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DATA:
12/04/2021 |
DATA DE
ENTREGA: 16/04/2021 |
EMAIL: ariabr@terra.com.br |
ATIVIDADES ESTUDOS SEMANAIS
(1º Bimestre)
· Após leitura do texto, faça um resumo sobre o que você entendeu.
República Brasileira
A História
da República Brasileira iniciou-se em 1889 com a Proclamação da
República e acompanhou todo o período posterior, até o século XXI. A difusão
dos ideais republicanos remonta ao período colonial, como durante a
Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, no final do século XVIII. Apesar
dos ideais e das revoltas buscarem a superação da monarquia, apenas no final do
século XIX, com o fim do escravismo, as elites agrárias do país aceitaram
organizar o Estado brasileiro nos moldes republicanos.
O fato de a República nascer como uma aceitação das elites e ter
sido realizada através da espada do exército brasileiro conformou um caráter
autoritário e excludente do Estado brasileiro, garantindo os privilégios das
classes dominantes e a negação de direitos às classes exploradas durante muito
tempo. A participação do exército na vida política nacional foi também uma
constante da história republicana do país, que pode ser dividida em algumas
fases.
Primeira
República
A República Velha, ou Primeira República, é o primeiro período
dessa história, compreendida entre a Proclamação da República em 1889 e a
Revolução de 1930. Inicialmente ela foi caracterizada pela presidência de dois
marechais do exército, o que lhe garantiu o nome de República da Espada. Após
esses dois mandatos, a elite rural paulista e mineira passaram a deter o poder
do governo federal, garantindo o poder da oligarquia agrária, o que deu fundamento
aos historiadores para chamarem esse período de República Oligárquica.
Foi nesse período que o país conheceu uma série de revoltas
urbanas e rurais decorrente das mudanças sociais e políticas pelas quais
passaram o país. É de se destacar a Guerra de Canudos, de 1896-1897, e a
Revolta da Vacina, de 1904. Foi nesse período que o Brasil iniciou sua
industrialização, alterando a paisagem urbana de algumas cidades e criando as
condições para a formação da classe operária em território nacional.
Essas mudanças resultaram em novas pressões políticas e sociais,
que as oligarquias paulistas e mineiras não poderiam mais controlar. A
Revolução de 1930 foi o ápice desse processo, o que resultou no período
conhecido como Era Vargas.
Era
Vargas
A Revolução de 1930 elevou Getúlio Vargas ao poder, permanecendo
como presidente até 1945. Durante seu Governo Provisório (1930-1934), o novo
presidente conseguiu contornar os conflitos entre as elites nacionais,
principalmente com a vitória sobre a oligarquia e burguesia industrial paulista
durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
A promulgação da Constituição em 1934 e a abertura de um processo
democrático selaram o acordo entre as várias frações da classe dominante
nacional. Porém, não puderam conter a insatisfação dos setores populares. É
nesse sentido que se pode entender o surgimento do Partido Comunista Brasileiro
e a tentativa de derrubar o governo de Vargas, através do que ficou conhecido
como Intentona Comunista de 1935.
A tentativa do PCB serviu de pretexto para Vargas dar um golpe de
Estado em 1937, pondo fim ao período constitucional e inaugurando o Estado
Novo. Mesmo contendo as forças do integralismo, o Estado Novo marcou mais um
período de extremo autoritarismo do Estado Brasileiro.
Uma nova Constituição foi adotada e o Congresso foi fechado. Como
forma de conter a insatisfação popular e conseguir aumentar o poder de consumo
do mercado interno, Vargas promulgou uma série de leis que garantia alguns
direitos à classe trabalhadora urbana, além de proporcionar um nível de renda
que impulsionasse o esforço de industrialização.
A industrialização somada a medidas de racionalização da
administração pública caracterizou o esforço de modernizar o Estado brasileiro,
garantindo as condições de fortalecimento tanto da burguesia industrial quando
da tecnocracia das empresas estatais e da administração pública.
Quarta
República
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Vargas estava
enfraquecido. Um golpe comandado pelo general Eurico Gaspar Dutra o retirou do
poder. Uma nova Constituição foi adotada em 1946, garantindo a realização de
eleições diretas para presidente da República e para os governos dos estados. O
Congresso Nacional voltou a funcionar e houve alternância no poder.
Entretanto, foi um
período de forte instabilidade política. As mudanças sociais decorrentes da
urbanização e da industrialização projetavam novas forças políticas que
pretendiam aprofundar o processo de modernização da sociedade e do Estado
brasileiro, o que desagrava as elites conservadoras. O período foi marcado por
várias tentativas de golpe de Estado, levando inclusive ao suicídio de Getúlio
Vargas, em 1954. O governo de JK conseguiu imprimir um acelerado
desenvolvimento industrial em algumas áreas, mas não pôde resolver o problema
da exclusão social na cidade e no campo. Essas medidas de mudança social iriam
compor a base das propostas do Governo de João Goulart. O estado brasileiro
estava caminhando para resolver demandas há muito reprimidas, como a reforma
agrária. Frente ao perigo que representava aos seus interesses econômicos e
políticos, as classes dominantes mais uma vez orquestraram um golpe de Estado,
com a deposição pelo exército de João Goulart, em 1964.
Ditadura
Militar
Iniciada em 01 de abril de 1964, a Ditadura Militar foi um dos períodos
mais repressivos da História da República. Inúmeros grupos políticos foram
cassados, e seus membros torturados e mortos. O que diferenciou o período foi a
sistematização da repressão estatal aliada ao incentivo ao desenvolvimento
econômico.
A estrutura estatal repressiva, de impedimento do exercício da
oposição política através de instituições policiais, garantiu a estabilidade
social necessária aos investimentos estrangeiros. Foi o período do milagre
econômico brasileiro e da tentativa de transformação do país em uma potência
mundial.
A ditadura existiu até 1985 quando as pressões populares por
abertura política tomaram as ruas do país, principalmente na campanha das
Diretas Já. Mesmo com milhares de pessoas nas ruas, a reforma do Estado foi
feita de forma “lenta e gradual”, como queriam os militares.
No lado da classe trabalhadora, surgiu um vigoroso movimento
sindical na década de 1970, principalmente depois das greves no ABC paulista,
entre 1978 e 1980. Esse movimento sindical tornar-se-ia uma das características
do período posterior.
A Nova
República
A Nova República iniciou-se com o governo de José Sarney e
permanece até os dias atuais, com o primeiro mandato da presidente Dilma
Rousseff. Sarney foi eleito através do voto indireto e durante seu governo foi
elaborada uma nova Constituição, promulgada em 1988, que garantia eleições
diretas e livres a todos os cargos eletivos. A divisão dos poderes foi mantida
e uma nova perspectiva democrática liberal se abriu no país.
O primeiro presidente eleito diretamente desde 1960 foi Fernando
Collor de Melo, em 1989. Porém, os escândalos de corrupção o fizeram renunciar
em 1992. A partir dessa renúncia, marcaram a história política da República os
mandatos de dois governantes. O primeiro foi Fernando Henrique Cardoso que com
o Plano Real pôde garantir a estabilidade econômica necessária aos
investimentos estrangeiros. Esses investimentos foram possíveis em decorrência
das privatizações realizadas em setores específicos da econômica, como
telecomunicações, mineração e siderurgia. Por outro lado, tais medidas
representaram o enxugamento das funções do Estado brasileiro, marcando o
período do neoliberalismo no Brasil.
FHC governou até 2002, quando foi substituído por Luiz Inácio Lula
da Silva. O primeiro presidente de origem operária da República buscou
caracterizar seu governo pela distribuição de renda, possibilitada pela
estabilidade econômica do período anterior. A distribuição de renda ocorreu
através de políticas como Bolsa Família, que além de uma renda mínima, garantiu
a obrigatoriedade de um nível educacional mínimo à quase toda a população em
idade escolar, uma uniformização federal de procedimentos administrativos e o
estímulo econômico a regiões extremamente pobres do território nacional.
Apesar da estabilidade política dos dois governos acima
mencionados, os casos de corrupção também se fizeram presentes, como as
acusações de compra de votos para a reeleição durante o governo FHC, em 1998, e
o escândalo do mensalão, no governo Lula, em 2005.
A alternância do poder garantiu ainda a eleição da primeira mulher
para a presidência da República, em 2010. Esse é um dos mais marcantes fatos da
recente história republicana brasileira.
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