quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Geografia - Professor Paulo Sérgio - 1E

 GEO – 1° E - ATIV.DO 1° BIM. PROF.PAULO

Atividade valendo 10 pontos.

Data de entregue: 03 de março

Dúvidas: Zap 94224 3667

Tema da aula: Habilidade: Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.

As relações entre espaço, sociedade, natureza, trabalho e tempo; Transformações antrópicas no meio físico em diferentes sociedades.

 

Atividade1: Faça uma pesquisa, sobre o tema: As relações entre espaço, sociedade, natureza, trabalho e tempo.

Para pesquisa utilize como base os textos abaixo e pesquise também na internet ou do modo que você preferir.

Observação: coloque a fonte de pesquisa.

ATIVIDADE2:

Responda as questões abaixo:

1-    Com base no texto abaixo e no seu conhecimento, conceitue que você entende por espaço geográfico.

2-    O meio técnico-científico-informacional corresponde à atual fase dos processos de transformação da natureza e de construção do espaço geográfico. Conceitue essa evolução tecnológica pelo homem.

3-    Conceitue a terceira revolução industrial e os seus impactos no meio ambiente.

4-    O que você entende por transformações no espaço geográfico?

5-    Com base no texto ou em pesquisas pela internet, conceitue o que é terraceamento.

 

Desde a constituição das primeiras sociedades e o surgimento das primeiras civilizações, observa-se a existência de uma intensa e nem sempre equilibrada relação entre sociedade e natureza. Essa relação diz respeito às formas pelas quais as ações humanas transformam o meio natural e utilizam-se deste para o seu desenvolvimento. Além do mais, diz respeito também à forma pela qual as composições naturais – seres vivos, relevo, clima e recursos naturais – interferem nas dinâmicas sociais.

Por esse motivo, é importante entender a complexidade com que se estabelece a interação entre natureza e ação humana, pois, mesmo com a evolução dos diferentes instrumentos tecnológicos e das formas de construção da sociedade, a utilização e transformação dos elementos naturais continuam sendo de fundamental relevância.

Originalmente, os primeiros agrupamentos humanos, que eram nômades, utilizavam-se da natureza como habitat e também para a extração de alimentos. Com o passar do tempo, a constituição da agricultura no período neolítico possibilitou a instalação fixa das primeiras sociedades e, por extensão, o desenvolvimento de diferentes civilizações. Isso foi possível graças à evolução ocorrida nas técnicas e nos instrumentos técnicos, que permitiram o cultivo e a administração dos elementos naturais.

Com o tempo, as sociedades tornaram-se cada vez mais desenvolvidas e, consequentemente, produziram transformações cada vez mais avançadas em seus sistemas de técnicas, gerando um maior poder de construção e transformação do espaço geográfico e os consequentes impactos sobre a natureza. Portanto, a influência da ação humana sobre a dinâmica natural tornou-se gradativamente mais complexa.

Essa influência acontece de muitas formas e perspectivas, como é o caso das consequências geradas pelo desmatamento, retirada dos recursos do solo, alteração das formas de relevo para o cultivo (como as técnicas de terraceamento desenvolvidas pelos astecas), etc. Após o século XVIII, com o desenvolvimento da Revolução Industrial, podemos dizer que os impactos da sociedade sobre o meio natural intensificaram-se de maneira jamais vista, propiciando uma união de fatores que levou ao aceleramento da geração de impactos ambientais.

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Mas é preciso considerar que a natureza também gera impactos sobre a sociedade. Essa perspectiva é de necessária compreensão para que não se considere o espaço natural como um meio estático, passivo, sem ação. Um exemplo mais evidente disso envolve os desastres naturais, como a passagem de um forte ciclone sobre uma cidade ou a ocorrência de um intenso terremoto. Essas são apenas algumas das muitas formas com que a natureza pode gerar mudanças no espaço geográfico e na constituição das ações humanas.

Em muitas abordagens, considera-se que há uma interação muitas vezes caótica e até reativa entre a natureza e a sociedade. Nesse ponto de vista, entende-se que os impactos gerados sobre a natureza reverberam, cedo ou tarde, em impactos gerados da natureza sobre a sociedade. Um exemplo seria o Aquecimento Global, fruto da poluição e da degradação ambiental (embora, no meio científico, essa teoria não seja um consenso).

Portanto, é preciso considerar que, independente da forma com que se estabelece essa complexa relação entre natureza e sociedade, é preciso entender que os seres humanos precisam conservar o espaço natural, sobretudo no sentido de garantir a existência dos recursos e dos meios inerentes a eles para as sociedades futuras. A evolução das técnicas, nesse ínterim, precisa acontecer no sentido de garantir essa dinâmica.

 

espaço geográfico é o palco das realizações humanas, no entanto, abriga todas as partes do planeta passíveis de serem analisadas, catalogadas e classificadas pelas inúmeras especialidades da ciência geográfica.

Quando especificamos o espaço geográfico, como, por exemplo, o espaço geográfico do Domínio do Cerrado, referimo-nos ao conjunto de elementos naturais, tais como relevo, clima, vegetação, hidrografia, entre outros, e a partir dessa análise temos dados homogêneos que nos leva a pensar que cada um dos elementos será resultado da interligação entre eles. Por exemplo, o solo do cerrado é rico em hidróxido de alumínio, portanto sua vegetação sofre reflexos, pois suas folhas e galhos são retorcidos em razão desse fator. Também sabemos que o clima é tropical subúmido com um período de seca e um chuvoso, essas informações já são concretas.

No entanto, surgiram novos conceitos acerca desse tema. A configuração da hierarquia das cidades provavelmente é proveniente do estudo do conjunto de atividades de bens e serviços disponíveis para aquelas populações que vivem nas proximidades (áreas rurais, cidades menores), nesse exemplo existe um espaço hierárquico e não homogêneo, como no caso do cerrado.

A Geografia Cultural na análise do ser humano disponibiliza outra definição para o significado de Espaço Geográfico: lugar onde os seres vivos, inclusive os humanos, buscam instituir laços afetivos relacionados ao respeito ou mesmo ao temor.

Os espaços sagrados formados por um conjunto de ritos religiosos e culturais são exemplos de conceitos que a expressão pode ter.

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Meio Técnico-Científico-Informacional

O meio técnico-científico-informacional corresponde à atual fase dos processos de transformação da natureza e de construção do espaço geográfico.

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O geógrafo Milton Santos deixou, como um dos seus principais legados teóricos, a noção de Meio técnico-científico-informacional, que corresponde à evolução dos processos de produção e reprodução do meio geográfico. Para compreender o seu conceito, é necessário entender a evolução das transformações do espaço, que vão desde o meio natural, passando pelo meio técnico, até chegar ao período atual, em que há uma maior inserção das ciências e do meio informacional sobre as formas com que as produções espaciais ocorrem¹.

Portanto, as três etapas mencionadas (meio natural, meio técnico e meio técnico-científico-informacional) formam uma periodização do meio geográfico, conforme a sua apropriação pelas atividades humanas. Assim, estabelece-se uma melhor noção das relações entre natureza e sociedade ao longo do tempo.

meio natural corresponde ao período em que o emprego das técnicas esteve diretamente vinculado à dependência sobre a natureza, da qual o homem fazia uso sem propiciar grandiosas transformações. Assim, as ações de interferência sobre o meio eram, sobretudo, locais, e a participação das atividades antrópicas, bem como as suas transformações, era limitada pela harmonização e preservação da própria natureza.

Milton Santos utilizou como exemplos do conceito de meio natural as técnicas de pousio, rotação de culturas e agriculta itinerante, em que o uso do solo limitava-se à sua preservação para manter um equilíbrio entre uso e preservação da natureza.


















meio técnico representa a emergência do espaço mecanizado, com a introdução de objetos e sistemas que provocaram a inserção das tecnologias no meio produtivo. Podemos citar como exemplo mais determinante a I Revolução Industrial, mesmo que antes disso já houvesse algumas técnicas em que a atuação mecânica existisse e agisse sobre o meio geográfico.

Assim, nesse período, ocorreu uma crescente forma de substituição ou de sobreposição dos objetos técnicos sobre os objetos culturais e naturais, mesmo que essa substituição não tenha se manifestado de forma igualitária, justa e homogênea nas diferentes regiões e territórios. Nesse momento, a Divisão Internacional do Trabalho intensificou-se, bem como a dependência das atividades humanas sobre o uso de maquinários e instrumentos.

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meio técnico-científico-informacional representa, então, a atual etapa na qual se encontra o sistema capitalista de produção e transformação do espaço geográfico, estando relacionado, sobretudo, à Terceira Revolução Industrial, que, não por acaso, passou a ser reconhecida como Revolução Científica Informacional, cuja impactação manifestou-se de forma mais intensa a partir dos anos 1970.

Nesse momento ocorreu uma união entre técnica e ciência, guiadas pelo funcionamento do mercado, que, graças aos avanços tecnológicos, expande-se e consolida o processo de Globalização. Um exemplo de como as técnicas e as ciências estão constantemente se interagindo e propiciando a expansão do capital pode ser visto na recente ação promovida pelo Facebook em levar o acesso à internet a comunidades afastadas por meio do uso dos drones, veículos aéreos não tripulados.

















Drones: exemplos do poder de transformação do meio técnico-científico-informacional

Portanto, além de serem técnicos, os objetos também carregam em si a informação e trabalham a partir dela, o que justifica o nome do atual período de transformação do meio geográfico. Podemos, então, dizer que o processo de globalização só se manifesta em seu atual estágio graças aos avanços propiciados pelo meio técnico-científico-informacional.

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¹ A obra em que Milton Santos trabalha de forma mais aprofundada o tema é: SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Ed. Hucitec, 1996.




















Publicado por: Rodolfo F. Alves Pena

Impactos Ambientais

Os impactos ambientais podem ser definidos como alterações no meio ambiente provocadas pelo homem e suas atividades.

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Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de 1986, o impacto ambiental é definido como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.

Analisando essa resolução, percebemos que qualquer atividade que o homem exerça no meio ambiente provocará um impacto ambiental. Esse impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infelizmente, na grande maioria das vezes, os impactos são negativos, acarretando degradação e poluição do ambiente.

Os impactos negativos no meio ambiente estão diretamente relacionados com o aumento crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção constante de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas as grandes empresas afetam o meio, nós, com pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais diariamente.

Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habitats. Isso acarreta, consequentemente, aumento do número de doenças na população e em outros seres vivos e afeta a qualidade de vida.

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Vale destacar que os impactos ambientais positivos, apesar de ocorrerem em menor quantidade, também acontecem. Ao construirmos uma área de proteção ambiental, recuperarmos áreas degradadas, limparmos lagos e promovermos campanhas de plantio de mudas, estamos também causando impacto no meio ambiente. Essas medidas, no entanto, provocam modificações e alteram a qualidade de vida dos humanos e de outros seres de uma maneira positiva.

Você também pode ajudar a diminuir o impacto ambiental negativo. Veja a seguir algumas dicas:

- Economize água;

- Evite o consumo exagerado de energia;

- Separe os lixos orgânicos e recicláveis;

- Diminua o uso de automóveis;

- Consuma apenas o necessário e evite compras compulsivas;

- Utilize produtos ecológicos e biodegradáveis;

- Não jogue lixos nas ruas;

- Não jogue fora objetos e roupas que não usa mais. Opte por fazer doações.

Com atitudes simples, podemos diminuir nossos efeitos no meio ambiente. Pense nisso!

Atenção: Empresas e obras que podem causar grande impacto ambiental negativo devem apresentar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para que as atividades sejam ou não liberadas


















Consciência Ecológica

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A atual sociedade de consumo vem alterando de forma cada vez mais perigosa a biosfera. No capitalismo a função da natureza é exclusivamente de promover recursos, mas em contrapartida as conseqüências são extremamente negativas.

Do ponto de vista ambiental o mundo passa por uma série de modificações, devido a esse processo percebemos o fim do petróleo, escassez de água e aquecimento global, tudo isso fruto da sociedade industrial consumista.

O homem esquece que quando promove a destruição da natureza ele está se autodestruindo pois esse é parte integrante da natureza, esquece também que os elementos da natureza (hidrosfera, atmosfera, litosfera, animais, plantas entre outros) possui uma relação de interdependência.

A Hipótese Gaia, do grego “mãe Terra”, divindade que também recebia o nome de Gea, é uma nova visão de mundo, diz que a natureza poderá impor limitações à existência da vida humana no planeta. Algumas das limitações podem ser percebidas, como o aquecimento global, ou efeito estufa, fenômeno que se caracteriza pelo aumento da temperatura média do planeta, provocando aumento dos níveis das águas oceânicas, além de mudanças climáticas com efeitos imprevisíveis.

Com base nestes problemas alguns grupos começaram a se preocupar, dando início a vários movimentos ambientalistas e o despertar da consciência ecológica, é lógico que isso não ocorre de forma homogênea nos governos das maiores potências, pois vários acordos são gerados, muitos não são cumpridos para não comprometer a prosperidade econômica.

Hoje existem muitos movimentos ambientalistas, em sua grande maioria se tratam de ONG´s (Organizações não Governamentais), que lutam para preservar a natureza, dentre muitas podemos citar o Greenpeace, grupo de defesa ecológica, SOS MATA ATLÂNTICA e o Fundo Mundial para a Natureza, os movimentos em defesa surgiram principalmente a partir da década de 1960 e 1970.

Qual caminho seguir na preservação ambiental num mundo moderno em que não há maneiras de retroceder em condição de vida?
Primeiro é preciso um despertar da sociedade, que é o agente das questões ambientais, tanto positivas quanto negativas.

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Atualmente existem várias correntes de pensamentos de preservação, o conservacionismo (consiste no pensamento de que a prioridade é a natureza com uma preocupação de conservação para as demais gerações), desenvolvimentismo ecológico (consiste no pensamento de que o mundo pode continuar crescendo economicamente de forma sustentável) e ecocapitalismo (corresponde ao pensamento capitalista de obter vantagens com as questões ambientais).

Em busca de soluções para os problemas ambientais são realizados, ocasionalmente, conferências, congressos, acordos para discutir as possíveis maneiras de solucionar ou pelo menos amenizar, alguns dos principais eventos mundiais estão o Rio 92, Protocolo de Quioto, Rio +10 e outras, além de outras discussões no campo acadêmico.

Em suma todos os questionamentos acerca dos problemas ambientais devem ser encarados de forma coletiva, pois não é só o poder governamental que deve ter compromisso, mas sim todos os cidadãos podem participar cada um fazendo sua parte.















Publicado por: Eduardo de Freitas

 

 

 

Terraceamento

A técnica do terraceamento é útil para evitar erosões, ampliar a área de cultivo e intensificar o aproveitamento de água.

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terraceamento é uma técnica agrícola de plantio elaborada para a contenção de erosões causadas pelo escoamento da água em áreas de vertentes. Essa técnica é aplicada ao parcelar uma área inclinada em várias rampas. Com isso, as águas das chuvas, ao escoarem superficialmente, perdem sua força, removendo menos sedimentos do solo e causando menos impactos sobre ele.

Para compreender melhor a importância dessa técnica procure imaginar a seguinte situação: em uma rampa, de qual forma a água correrá com maior força e velocidade: em uma superfície lisa ou em uma superfície na forma de uma escada? Na primeira, não é mesmo? Da mesma forma ocorre no terraceamento, que procura diminuir a velocidade e a força das águas pluviais a fim de conter as erosões hídricas.

terraceamento foi inventado pela Civilização Inca, não somente para conservação dos solos, mas também para a ampliação dos espaços agricultáveis, uma vez que sua localização se dava, em maior parte, na Cordilheira dos Andes, onde existem poucas áreas planas por se tratar de uma forma de relevo geologicamente recente. Atualmente, essa técnica é amplamente utilizada em produções agrícolas no sul da Ásia.

Além de evitar a erosão e ampliar as áreas de cultivo, o terraceamento também é importante no sentido de aumentar o aproveitamento da água, pois, dependendo do tipo de terraço aplicado, as águas das chuvas são armazenadas ou retidas, podendo ser reaproveitadas ou direcionadas para outros lugares.

Apesar de todas essas vantagens, o terraceamento apresenta alguns problemas. O primeiro deles é o alto custo de sua aplicação, que exige um estudo detalhado prévio. Assim, é preciso compreender o tipo de solo e suas características, além de dimensionar corretamente os níveis dos terraços conforme a área e a declividade do terreno, pois, caso contrário, em vez de se evitar erosões, pode-se agravá-las.

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A técnica do terraceamento é dividida em dois tipos conforme a sua função e utilidade: o terraço de armazenamento e o de drenagem.

Os terraços de armazenamento são os mais construídos para a elaboração de canais que provoquem a infiltração da água no terreno. Sua aplicação é recomendada em solos que apresentem um relativo nível de porosidade, ou seja, onde a água se infiltra com maior facilidade.

Os terraços de drenagem, por outro lado, são aqueles em que a água é direcionada para reaproveitamento ou para um local onde simplesmente não cause problemas de erosão e desgaste do solo. É uma técnica que exige um maior cuidado, pois nem sempre há um local seguro para o escoamento da água.

Para finalizar, é importante compreender que, ao contrário do que muitos pensam, terraceamento não é sinônimo de cultivo em curvas de nível. Apesar de semelhantes, essas técnicas diferenciam-se pelo fato de essa última ser aplicada em terrenos já acidentados, onde o plantio acompanha os desníveis naturais do terreno, enquanto no terraceamento tais desníveis são artificiais.



















Transformação no espaço geográfico




















O espaço geográfico corresponde ao espaço construído e alterado pelo homem; e pode ser definido com sendo o palco das realizações humanas nas quais estão as relações entre os homens e desses com a natureza. O espaço geográfico abriga o homem e todos os elementos naturais, tais como relevo, clima, vegetação e tudo que nela está inserido.

O espaço geográfico em sua etapa inicial apresentava somente os aspectos físicos ou naturais presentes, como rios, mares, lagos, montanhas, animais, plantas e toda interação e interdependência entre eles. O surgimento do homem, desde o mais primitivo, que começou a interferir no meio a partir do corte de uma árvore para construção de um abrigo e para caça, impactou e transformou o espaço geográfico.

Nesse primeiro momento, as transformações eram quase que insignificantes, uma vez que tudo que se retirava da natureza servia somente para sanar as necessidades básicas de sobrevivência, processo chamado de “meios de existência”. Toda modificação executada na natureza é proveniente do trabalho humano.

É através do trabalho que o homem é capaz de construir e desenvolver tudo aquilo que é indispensável à sua sobrevivência. O termo “trabalho” significa todo esforço físico e mental humano com finalidade de produzir algo útil a si mesmo ou a alguém.

O conjunto de atividades desempenhadas pelas sociedades continuamente promove a modificação do espaço geográfico. A partir da Primeira Revolução Industrial, o homem enfatizou a retirada de recursos dispostos na natureza a fim de abastecer as indústrias de matéria-prima, que é um item primordial nessa atividade, ao passo que a população crescia acompanhada pelo alto consumo de alimentos e bens de consumo.

Com o avanço tecnológico, o homem criou uma série de mecanismos para facilitar a manipulação dos elementos da natureza, máquinas e equipamentos facilitaram a vida do homem e dinamizaram o processo de exploração de recursos, como os minerais, além do desenvolvimento de toda produção agropecuária com a inserção de tecnologias, como tratores, plantadeiras, colheitadeiras e muitos outros.

Na produção agropecuária se faz necessário transformar o meio, pois retira-se toda cobertura vegetal original que é substituída por pastagens e lavouras. Dessas derivam outros impactos como erosão, poluição e contaminação do solo e dos mananciais.
Na extração mineral, o espaço geográfico é bastante atingido, sofrendo profundos impactos e mudando de forma drástica todo arranjo espacial do lugar que está sendo explorado.

Nos centros urbanos, as alterações são percebidas nas construções presentes, essas transformações ocorrem em loteamentos que em um período era somente uma área desabitada e passou a abrigar construções residenciais, além de áreas destinadas ao comércio e indústria. Desse modo, nas cidades de todo mundo sempre ocorrem modificações no espaço, são identificadas nas novas construções, nas reformas de residências, lojas e todas as formas de edificações.

Diante dessas considerações constata-se que o espaço geográfico não é estático, pois até mesmo a deteriorização de um edifício ou monumento é considerado uma alteração do espaço e automaticamente da paisagem, por isso as mudanças são contínuas e dinâmicas. O espaço geográfico é produto do trabalho humano sobre a natureza e todas as relações sociais ao longo da história.

As constantes intervenções humanas no espaço causam uma infinidade de degradação que recentemente tem se voltado contra o homem. Desse modo, a natureza está devolvendo tudo aquilo que as ações antrópicas causaram. São vários os exemplos decorrentes das profundas alterações ocorridas principalmente no último século no planeta, como o aquecimento global, efeito estufa e escassez de água.

As décadas de exploração ocasionaram a extinção, somente no século XX pelo menos 15% das espécies da fauna e da flora foram extintas.

A partir das afirmativas, fica evidente que o homem necessita da natureza para obter seu sustento, no entanto, o que tem sido promovido é uma exploração irracional dos recursos. Se continuar nesse ritmo, provavelmente as próximas gerações enfrentarão sérios problemas. Além disso, a vida de todos os seres vivos na Terra ficará comprometida, inclusive do homem, caso o problema não seja solucionado.

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