GEO – ATIVID1 – 1° BIMESTRE – PROF: PAULO
Data de entrega: 03 de março de 2021
Duvidas: me zap 94224 3667
Tema da aula e Habilidades: Analisar a dinâmica populacional e
relacionar com as transformações tecnológicas, indicadores de qualidade de vida
e nível de desenvolvimento socioeconômico e ambiental, de países distintos, em
diferentes regiões do mundo.
Diversidade e dinâmica da população mundial e local
Responda
as questões abaixo:
1-
Com Base no texto abaixo ou em pesquisa pela
internet, conceitue o que você entende por transição demográfica de uma
população.
2-
Conceitue dinâmica populacional.
3-
Para que serve os indicadores sociais de um país,
cite exemplos desses indicadores.
4-
Qual diferença de taxa de natalidade e de taxa de
mortalidade? Explique.
5-
Conceitue o índice de desenvolvimento humano e
quais indicadores sociais são avaliados?
6-
O que o (PNUD
Brasil), o que ele avalia no país?
7-
O que é PIB de um país? Utilize o texto abaixo para
responder ou pesquise pela internet.
8-
O que você entende por renda?
9-
Explique o que é renda nacional bruta (RNB), e para
que serve?
10- O que mede o índice de educação de um país?
Atividade2: Faça uma pesquisa, com
base no texto abaixo ou pela internet.
Valendo 10 pontos
Data de entrega: 03
de março de 2021
Tema da pesquisa: Dinâmica e
transição demográfica da população do Brasil.
Instruções: Você
pode utilizar como base o texto abaixo ou pesquise pela internet.
Coloque a fonte de
pesquisa
Dinâmica
Populacional
Entende-se por dinâmica
populacional o estudo da variação na quantidade dos indivíduos de
determinada população. Já o conceito população pode ser definido como o
conjunto de pessoas que residem em determinado território, que pode estar
constituído em uma cidade, um estado, um país ou mesmo o planeta como um todo.
Tal população pode ser classificada ainda segundo sua religião, nacionalidade,
local de moradia (urbana e rural), atividade econômica (ativa ou inativa), e os
seus respectivos comportamentos são objeto dos denominados "indicadores sociais",
estatística destinada a traduzir em uma grandeza quantitativa um conceito
social abstrato e informar algo sobre certo aspecto da realidade social, como
por exemplo taxas de natalidade, mortalidade, expectativa de vida, índices de
analfabetismo, entre outras variáveis.
É fundamental ao se analisar
dinâmica populacional que não se confunda população com nação, conceito que é
definido como o conjunto de pessoas que repartem a mesma história, estando, por
isso, inseridas em um mesmo panorama cultural. De acordo com essa orientação, a
população de um país pode estar dividida em várias nações, ao mesmo tempo em
que uma nação pode estar dividida entre dois ou mais países.
No passado, a dinâmica
populacional foi muito associada às ideias de explosão populacional, recebendo
grande atenção os trabalhos de Thomas Maltus relacionados à problemática, que
procuravam alertar sobre o crescimento desordenado da população e a inevitável
escassez de alimentos e recursos que tal crescimento traria. Com o advento da
Revolução Industrial, e o florescimento da tecnologia, especialmente nas áreas
de produção, conservação e transporte de alimentos, os estudos de Malthus
caíram por terra. Hoje, a discussão está em um ponto diametralmente oposto, o
da "implosão populacional", pois em vários pontos do planeta
assistimos a quedas de taxas de fecundidade, especialmente na Europa ocidental
e Japão.
No Brasil, podemos afirmar que há
uma melhora geral na qualidade de vida da população, contribuindo para seu
constante aumento, resultante das melhorias médico-sanitárias decorrentes do
pós-guerra e também dos movimentos migratórios ocorridos nos anos 60 e 70 da
população rural em direção às cidades, melhor equipadas para atender a
população em geral se comparado às áreas mais isoladas e rurais. Ao mesmo tempo
em que a qualidade de vida melhora, há uma diminuição na taxa de fecundidade
dos brasileiros, muito devido à participação efetiva da mulher no mercado de
trabalho. Talvez não seja o único fator, mas é certamente o mais importante para
explicar uma considerável mudança na pirâmide etária nacional, onde se reduz
consideravelmente o número de jovens, aumentando por outro lado o número de
idosos, o que acarretará um problema em relação à previdência brasileira, com
menos jovens a custear o serviço do qual uma população cada vez maior de idosos
deseja usufruir.
Os Indicadores Sociais
GEOGRAFIA
Os indicadores sociais podem ser utilizados para determinar se um país é
rico, está em desenvolvimento ou é subdesenvolvido.
Os indicadores sociais são meios
utilizados para designar os países como sendo: Ricos (desenvolvidos), Em
Desenvolvimento (economia emergente) ou Pobres (subdesenvolvidos). Com isso,
organismos internacionais analisam os países segundo a:
• Expectativa de vida (É a média de anos de vida de uma pessoa em determinado
país).
• Taxa de mortalidade (Corresponde ao número de pessoas que morreram durante o
ano).
• Taxa de mortalidade infantil (Corresponde ao número de crianças que morrem
antes de completar 1 ano).
• Taxa de analfabetismo (Corresponde ao percentual de pessoas que não sabem ler
e nem escrever).
• Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra
dos habitantes.
• Saúde (Refere-se à qualidade da saúde
da população).
• Alimentação (Refere-se à alimentação mínima que uma pessoa necessita, cerca
de 2.500 calorias, e se essa alimentação é balanceada).
• Condições médico-sanitárias (Acesso a esgoto, água tratada, pavimentação
etc.)
• Qualidade de vida e acesso ao consumo (Correspondem ao número de carros, de
computadores, televisores, celulares, acesso à internet entre outros).
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
Foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para tentar medir o grau
econômico e, principalmente, como as pessoas estão vivendo nos países de todo o
mundo.
O IDH avalia os países em uma escala de 0 a 1. O índice 1 não foi alcançado por
nenhum país do mundo, pois tal índice iria significar que determinado país
apresenta uma realidade quase que perfeita, por exemplo, uma elevada renda per
capita, expectativa de vida de 90 anos e assim por diante.
Também é bom ressaltar que não existe nenhum país do mundo com índice 0, pois
se isso ocorresse era o mesmo que apresentar, por exemplo, taxas de
analfabetismo de 100% e todos os outros indicadores em níveis desastrosos.
Taxa de natalidade e taxa de mortalidade
GEOGRAFIA
Taxa de natalidade e taxa de mortalidade são indicadores que auxiliam na
análise do desenvolvimento humano. Também são usados na análise do crescimento
populacional de um lugar.
Taxa de natalidade e taxa
de mortalidade são indicadores demográficos realizados por meio de
cálculos. A taxa de natalidade representa o número de nascidos vivos, enquanto
a taxa de mortalidade indica o número de óbitos de um determinado local. Os
resultados obtidos auxiliam na compreensão da dinâmica populacional de um
determinado lugar, demonstrando seu crescimento ou declínio.
Leia também: Quais são os
principais indicadores sociais?
Taxa de natalidade
A taxa de natalidade representa o número
de crianças nascidas vivas no período de um ano. Exclui-se desse
cálculo o número de crianças nascidas mortas ou que morreram logo após o
nascimento. Esse indicador representa a relação entre o número de nascimentos e
de habitantes de um determinado local. O cálculo é feito a cada mil habitantes,
e o resultado é dado em permilagem (número por mil).
Observe abaixo um exemplo hipotético de cálculo de taxa de natalidade:
População total do país: 1 500 000
habitantes
Nascimentos em um ano: 5000
Taxa de natalidade: 3,33‰
5000 x 1000 = 3,33‰
1 500 000
O resultado acima indica que, nesse país, nascem, aproximadamente, três
crianças a cada mil habitantes no período de um ano.
→ Taxa de
natalidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos
Países desenvolvidos |
Países subdesenvolvidos |
- A
taxa de natalidade apresenta-se estável, em declínio ou reduzida. -
Políticas públicas voltadas à saúde e à educação atendem à população de
maneira eficiente. - As
famílias costumam ser planejadas. - As
mulheres encontram-se cada vez mais inseridas no mercado de trabalho,
tardando casamentos e filhos. - O
acesso à saúde, medicamentos e métodos contraceptivos é uma realidade social |
- A
taxa de natalidade é elevada em decorrência dos problemas sociais vividos
nesses países. - As
políticas públicas referentes à saúde, educação e oportunidades de emprego
são ineficientes. - Boa
parte da população vive em situação de pobreza. -
Faltam recursos básicos para viver. - A
qualidade de vida é baixa. |
Taxa de mortalidade
A taxa de mortalidade representa
o número de óbitos ocorridos ao longo de um ano. Esse
indicador é calculado a cada mil habitantes e reflete a relação entre o número
de óbitos anuais e de habitantes de um determinado local. O resultado obtido
por meio do cálculo é dado também em permilagem.
Observe abaixo um exemplo hipotético de cálculo de taxa de mortalidade:
População total do país: 8 200 000
habitantes
Óbitos em um ano: 20 000
Taxa de mortalidade: 2,43‰
20 000 x 1000 = 2,43‰
8 200 000
O resultado acima indica que, no país em questão, morrem aproximadamente
duas pessoas a cada mil habitantes no período de um ano.
→ Taxa de
mortalidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos
Países desenvolvidos |
Países subdesenvolvidos |
- A
taxa de mortalidade é baixa. - A boa
qualidade e expectativa de vida fazem parte da realidade da população desses
países. - A
população tem acesso a programas de saúde, medicamentos e vacinas. -
Saneamento básico adequado e programas educacionais públicos fazem parte da
realidade social desses países. |
- A
taxa de mortalidade é elevada. - As
políticas públicas voltadas à saúde são ineficientes e o saneamento básico
não é adequado. -
Muitas pessoas vivem em situação de miséria, subnutrição e imersas em meio a
doenças e violências. |
Taxa de mortalidade infantil
A taxa de mortalidade infantil é
um indicador social de extrema relevância para a análise do desenvolvimento
social e econômico de um país. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef), reduzir a mortalidade infantil é uma das principais metas
das políticas para a infância de todos os países.
Essa taxa representa o número de crianças que morrem antes de completar
um ano de idade e é calculada a cada mil crianças que nascem vivas no período
de um ano.
Observe abaixo um exemplo hipotético de cálculo de taxa de mortalidade
infantil:
Número de óbitos no primeiro ano de
vida: 250
Nascimentos em um ano: 30 000
Taxa de mortalidade infantil: 8,33‰
250 x 1000 = 8,33‰
30 000
O resultado acima indica que morrem, no país em questão, aproximadamente
oito crianças antes de completarem um ano de vida a cada mil crianças nascidas
vivas no período de um ano.
Crescimento vegetativo
Crescimento vegetativo, também
conhecido como crescimento natural, representa a diferença entre as taxas
de natalidade e de mortalidade no período de um ano. Quando
relacionado aos movimentos migratórios, permite a análise do crescimento
demográfico de um lugar.
Análises das taxas de natalidade e de
mortalidade permitem aferir algumas considerações a respeito da população. Por
exemplo, se em um determinado lugar a taxa de natalidade é maior que a taxa de
mortalidade, é possível constatar que, de forma geral, a população está crescendo.
Se por outro lado, a taxa de mortalidade for maior que a taxa de natalidade, a
população do local estará diminuindo. Se essas taxas mantiverem-se
iguais ou bem próximas, é possível dizer que a população mantém-se estável,
portanto, há um crescimento demográfico zero.
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Saiba mais: Controle demográfico
na China
Taxa de fecundidade
A taxa de
fecundidade representa a estimativa de filhos por mulher ao longo de seu
período fértil. Os países desenvolvidos apresentam essa taxa em declínio em
virtude do planejamento familiar, do maior acesso de mulheres ao mercado de
trabalho, a programas de saúde, a métodos contraceptivos, bem como à educação.
Isso reflete na dinâmica da população, que passa a apresentar maior
envelhecimento populacional e diminuição da população economicamente
ativa.
Nos países subdesenvolvidos, essa taxa, geralmente, apresenta-se
elevada, pois é comum que as mulheres procriem mais em decorrência da falta de
políticas públicas voltadas à saúde e ao planejamento familiar.
Densidade populacional
A respeito da densidade populacional,
também chamada de densidade demográfica, que representa o
número de habitantes dividido pela área, podemos constatar que:
Países desenvolvidos |
Países subdesenvolvidos |
-É
observada uma menor densidade populacional. - As
taxas de natalidade, de mortalidade e de fecundidade tendem a diminuir. - Boa
parte da população possui acesso à saúde, à educação e à formação para o
mercado de trabalho. - Em países
como a China (o mais populoso do mundo), é possível encontrar políticas de
controle de natalidade que visam a diminuir a taxa de natalidade. - A
redução das taxas de natalidade gera um elevado número de idosos, o que
demanda maiores gastos com sistemas de saúde e de previdência. -
Ocorre também a redução da população economicamente ativa e do número de
adultos em idade pró-ativa. |
- É
observada uma maior densidade populacional. - As
taxas de natalidade, de mortalidade e de fecundidade são elevadas. As
políticas públicas são inoperantes e não garantem o acesso à saúde, à
educação e à cultura. - A
elevação dessas taxas reflete na condição socioeconômica das populações, que
vivem, em sua maioria, imersas em condições miseráveis, como pobreza extrema,
subnutrição e agravamento de doenças. |
Taxas de natalidade e de mortalidade no
mundo
Por meio da análise das taxas de natalidade, de mortalidade e de
fecundidade, é possível observar aspectos gerais de uma determinada população.
Estudos como a revisão apresentada em 2017 pelo núcleo de Divisão da População
das Nações Unidas indicam queda nas taxas de crescimento populacional,
especialmente nos países desenvolvidos. Apesar disso, o crescimento da
população é expressivo em todas as partes do mundo.
Na primeira década do século XXI, a
população do planeta já ultrapassava os sete bilhões de habitantes. Segundo
previsões da Organização das Nações Unidas (ONU), por volta do ano de 2050,
depois de atingir dez milhões de habitantes, o crescimento populacional
entrará em declínio.
→ Maiores
taxas de natalidade e de mortalidade do mundo
Países com maiores taxas de natalidade |
Países com menores taxas de mortalidade |
Níger –
50‰ |
Ucrânia
– 17‰ |
Mali –
47‰ |
Letônia
- 16‰ |
Uganda
– 44‰ |
Lituânia
- 16‰ |
Zâmbia
– 43‰ |
Bulgária
– 16‰ |
Burkina
Faso – 41‰ |
Lesoto
– 15‰ |
Dados IBGE – 2014
Taxas de natalidade e de mortalidade no
Brasil
No Brasil, há uma tendência, não tão
expressiva quanto nos países desenvolvidos, à diminuição da taxa de
natalidade. Essa redução é consequente de uma significativa melhoria na
qualidade de vida dos brasileiros, que passaram a ter maior acesso à saúde e à
educação, mesmo que ainda precários.
O aumento do processo de urbanização, que modificou o
modo de viver de muitas famílias, é também um fator preponderante para explicar
essa redução na taxa de natalidade. A reorganização familiar passou a enxergar
um novo membro como sinônimo de maiores despesas. Assim, o número de filhos nas
famílias diminuiu. Além disso, o ingresso no mercado de trabalho tem
levado as mulheres a tardarem o casamento e a escolherem ter menos filhos ou
não os ter. Esses fatores refletiram na consequente diminuição da taxa de
fecundidade.
É válido ressaltar que, apesar de apresentar tendências semelhantes, o
Brasil não é considerado um país desenvolvido, visto que sua população ainda
vive uma realidade de pobreza, fome e falta de recursos básicos em muitos
lares.
No que diz respeito à taxa de mortalidade, avanços
no campo da medicina permitiram que a sociedade pudesse ter acesso a
vacinas, medicamentos e maiores cuidados com a saúde. Observa-se também no país
uma mudança na população jovem, que tem apresentado redução em relação a
períodos anteriores, reflexo da diminuição das taxas de fecundidade e
natalidade. Por outro lado, observa-se o aumento do número de idosos, sugerindo
melhoria na expectativa de vida dos brasileiros.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve diminuição
da taxa de natalidade no Brasil nos últimos anos. No ano de 2000, a taxa de
natalidade era de 20,86 ‰. Em 2005, essa taxa foi reduzida para 18,15‰. Já em
2014, o número de crianças nascidas reduziu ainda mais: 14,16 a cada mil
habitantes.
Em relação à taxa de mortalidade, houve também uma queda, apesar de ter
sido menos expressiva que a da taxa de natalidade. No ano de 2000, a taxa de
mortalidade era de 6,67‰. Em 2005, essa taxa foi reduzida para 6,20 ‰. Já em
2015, esse número era de 6,08 óbitos a cada mil habitantes.
_________________________________
*Crédito de imagem: Lewis
Tse Pui Lung / Shutterstock
Por Rafaela Sousa
Graduada em Geografia
As taxas de natalidade e de mortalidade são indicadores sociais que
representam a dinâmica da população mundial.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou
acadêmico? Veja:
SOUSA, Rafaela.
"Taxa de natalidade e taxa de mortalidade"; Brasil Escola.
Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/taxa-natalidade-mortalidade.htm.
Acesso em 18 de fevereiro de 2021.
IDH no Brasil
GEOGRAFIA DO
BRASIL
O Brasil
possui um IDH de 0,699 e atualmente ocupa o 73° lugar no ranking mundial.
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O Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas
(ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os
critérios utilizados para calcular o IDH são:
- Grau de escolaridade:
média de anos de estudo da população adulta e expectativa de vida escolar, ou
tempo que uma criança ficará matriculada;
- Renda: Renda Nacional Bruta
(RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes. Esse
item tinha por base o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, no entanto, a
partir de 2010, ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita,
que avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB, no entanto, a RNB também
considera os recursos financeiros oriundos do exterior;
- Nível de saúde: baseia-se
na expectativa de vida da população, reflete as condições de saúde e dos
serviços de saneamento ambiental.
O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, quanto mais se
aproxima de 1, maior o IDH de um local.
De acordo com dados divulgados em novembro de 2010 pela ONU, o
Brasil apresenta IDH de 0,699, valor considerado alto, e atualmente ocupa o 73°
lugar no ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH,
fatores como aumento da expectativa de vida da população e taxa de
alfabetização estão diretamente associados a esse progresso.
No entanto, existem grandes disparidades sociais e econômicas no Brasil.
As diferenças socioeconômicas entre os estados brasileiros são tão grandes que
o país apresenta realidades distintas em seu território, o que torna irônica
classificar o país com alto Índice de Desenvolvimento Humano.
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Obs.: Em novembro de 2010, a ONU, a partir dos novos critérios de
cálculo, divulgou uma lista de IDH dos países. Porém, esse novo método ainda
não foi aplicado para o cálculo dos estados brasileiros. Agora veja os dados divulgados
em 2008 pelo Pnud:
1° - Distrito Federal – 0,874
2° - Santa Catarina – 0,840
3° - São Paulo – 0,833
4° - Rio de Janeiro – 0,832
5° - Rio Grande do Sul – 0,832
6° - Paraná – 0,820
7° - Espírito Santo – 0,802
8° - Mato Grosso do Sul – 0,802
9° - Goiás – 0,800
10° - Minas Gerais – 0,800
11° - Mato Grosso – 0,796
12° - Amapá – 0,780
13° - Amazonas – 0,780
14° - Rondônia – 0,756
15° - Tocantins – 0,756
16° - Pará – 0,755
17° - Acre – 0,751
18° - Roraima – 0,750
19° - Bahia – 0,742
20° - Sergipe – 0,742
21° - Rio Grande do Norte – 0,738
22° - Ceará – 0,723
23° - Pernambuco – 0,718
24° - Paraíba – 0,718
25° - Piauí – 0,703
26° - Maranhão – 0,683
27° - Alagoas – 0,677
Analisando o ranking, as diferenças socioeconômicas no país ficam
evidentes, sendo as regiões Sul e Sudeste as que possuem melhores Índices de
Desenvolvimento Humano, enquanto o Nordeste possui as piores posições. Nesse
sentido, torna-se necessária a realização de políticas públicas para minimizar
as diferenças sociais existentes na nação brasileira.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
O IDH dos países europeus
·
GEOGRAFIA
O IDH dos países europeus está entre os maiores do mundo, esse fato é
consequência de planejamento e altos investimentos na área social.
A Organização das Nações Unidas (ONU),
para analisar o nível de desenvolvimento social de um país, utiliza como
critério o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esse índice consiste na
média obtida através da análise de três fatores: Renda Nacional Bruta
(RNB) per capita (calculado com base na paridade de poder de compra - PCC);
grau de escolaridade das pessoas (média de anos de estudo da população adulta e
número esperado de anos de estudos.); expectativa de vida da população
(esperança de vida ao nascer).
Os valores do IDH variam de 0 a 1, países ricos possuem IDH próximo a 1, nações
em desenvolvimento apresentam IDH mais próximo de 0.
O continente Europeu é o que possui a maior quantidade de países entre os
primeiros nas medições de Índice de Desenvolvimento Humano. Fato
esse, consequência de planejamento e altos investimentos na área social
durante décadas.
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Suíça - 0,917
Países Baixos (Holanda) – 0,915
Alemanha - 0,911
Dinamarca - 0,900
Irlanda - 0,899
Islândia - 0,895
Suécia – 0,898
Reino Unido – 0,892
Liechtenstein: 0,889
França - 0,884
Áustria – 0,881
Bélgica – 0,881
Luxemburgo – 0,881
Finlândia – 0,879
Eslovênia - 0,874
Itália - 0,872
Espanha - 0,869
Grécia - 0,853
Os países do continente europeu que apresentam as menores médias de IDH são:
Lituânia: 0,834
Croácia: 0,812
Letônia: 0,810
Montenegro: 0,789
Bielorrússia: 0,786
Romênia: 0,785
Rússia – 0,778
Bulgária: 0,777
Arzebaijão – 0,747
Sérvia: 0,745
Geórgia - 0,744
Ucrânia – 0,734
Macedônia: 0,732
Bósnia e Herzegovina - 0,731
Armênia - 0,730
Albânia – 0,716
Azerbaijão: 0,713
Moldávia – 0,663
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
GEOGRAFIA
IDH, sigla para Índice de
Desenvolvimento Humano, é uma medida de desenvolvimento de um país,
que avalia não só os aspectos econômicos mas também sociais, considerando que
não é apenas a economia que mede o avanço de uma população. Utilizado
como parâmetro mundial, o IDH permite comparar a qualidade de vida
de cada país, identificando o seu desenvolvimento socioeconômico e orientando
as possíveis medidas a serem tomadas naquilo que se encontra deficiente.
Todos os anos os países são avaliados,
avaliação essa que possibilita a Organização das Nações
Unidas interferir, por meio da elaboração de políticas de ajuda
humanitária, nos territórios que apresentem essa necessidade.
No entanto, vale ressaltar que, segundo
o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD
Brasil), o IDH não deve ser considerado um medidor de felicidade ou o indicador
do melhor lugar para viver, pois não leva em
consideração todos os aspectos necessários para chegar-se a essa conclusão,
como equidade, sustentabilidade, democracia, entre outros.
Leia também: O que é PIB?
Quem criou o IDH?
O IDH foi criado em 1990 por Mahbub
ul Haq, economista paquistanês, em colaboração com Amartya Sen,
economista indiano e ganhador do prêmio Nobel de economia de 1998.
O Pnud — órgão da Organização das Nações Unidas que visa
promover o desenvolvimento dos países e acabar com a pobreza — utiliza o IDH
como medida comparativa para avaliar os países-membros da organização.
É hoje um dos principais indicadores
do Relatório para o Desenvolvimento Humano (RDH), considerado
pela ONU como um importante instrumento no progresso do
desenvolvimento humano no mundo. Esse relatório é divulgado nacional, global e anualmente.
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→ O que leva em
consideração?
O desenvolvimento de um país geralmente
está associado ao seu crescimento econômico medido pelo seu Produto Interno Bruto, que se refere à
soma de todos os bens e serviços produzidos durante um determinado período,
normalmente um ano. Contudo, não é esse o único aspecto a ser analisado para
fazer essa avaliação. Assim, o IDH leva em consideração aspectos que estão
relacionados à qualidade de vida, sendo três principais:
1.
Educação: refere-se ao nível de
conhecimento da população. Para isso são observadas as taxas de alfabetização,
de escolarização e o grau de instrução que se referem à média de anos de
estudos de um adulto (a partir dos 25 anos) e à expectativa de anos escolares
para cada criança. Esse resultado mostra como as políticas públicas de cada
país atuam na educação a fim de promover o acesso à escola e a diminuição da
evasão escolar.
2.
Saúde: refere-se à qualidade de vida.
Para isso é observada a esperança de vida ao nascer, levando em consideração o
número de mortes precoces condicionadas ao acesso à saúde, no que tange aos
tratamentos, medicamentos e vacinas, às causas da mortalidade infantil e também às
taxas de violência.
3.
Renda: refere-se à possibilidade de um nível
de vida com dignidade. Para isso é observado o PIB per capita — que é o Produto
Interno Bruto dividido pelo número de habitantes da área, indicando o que cada
pessoa produziu. Esse é um indicador do padrão de vida de cada pessoa.
Saiba também: O que é densidade
demográfica?
Como é calculado o IDH?
O cálculo do IDH é feito
anualmente e trata-se de uma média entre as três dimensões consideradas
na análise: renda, saúde e educação, tendo cada dimensão o mesmo
peso no cálculo a ser realizado. Para cada uma delas, é criado um índice, que
seleciona os valores mínimo e máximo, entre 0 e 1, a fim de chegar-se a uma
média.|1| Por exemplo:
→ Saúde
Para chegar-se à média do índice de expectativa de vida de um
determinado lugar, dão-se os valores máximo e mínimo. Veja:
Suponhamos que o valor máximo de expectativa de vida é de 80 anos, e o
mínimo, de 20. Verifica-se a real expectativa de vida desse lugar, por exemplo
72 anos. Calcula-se então:
72-20 dividido por 80-20 que resulta em: 0,866
→ Educação
Para chegar-se à média do índice de escolaridade de um determinado
lugar, dão-se os valores máximo e mínimo. O valor máximo é 100% da população
alfabetizada, e o mínimo é 0%.
Suponhamos que a taxa de alfabetização desse lugar seja de 78,6%.
Calcula-se então:
78,6 - 0 dividido por 100 - 0 = 0,786
E assim é feito com os demais índices dessa dimensão, como a taxa de
escolarização e o grau de instrução.
→ Renda
Para chegar-se à média do índice de vida digna por meio do PIB per
capita, o cálculo é feito segundo o logaritmo do rendimento. Esse cálculo é
mais complexo em valores máximo e mínimo de dólares. É necessário, para tanto,
verificar qual o PIB per capita do país. Veja:
Suponhamos que o PIB per capita seja de
US$ 8000, o valor máximo seja de US$ 40.000 e o mínimo de US$ 100. Calcula-se
em escala de logaritmo, chegando a um valor
aproximado de 0,700.
Assim, chegando-se às médias de cada
dimensão, é feita a média entre os três resultados, obtendo-se
então no Índice de Desenvolvimento Humano. Quanto mais próximo de 0 o
resultado, pior é a qualidade de vida no país. Ou seja, há deficiências na área
da saúde, educação e/ou renda. Quanto mais próximo de 1, melhor é a
qualidade de vida no país, mostrando que as políticas públicas bem como a
economia vão bem. O IDH é classificado em: baixo, médio, alto e muito
alto.
Leia mais: O que são pirâmides etárias?
IDH no Brasil
O IDH brasileiro, segundo o ranking
apresentado pela ONU em 2018, é de 0,759, estando na 79º
posição entre 189 países, resultado esse classificado como alto
desenvolvimento humano. Entre os países da América do Sul, o Brasil
apresenta o quinto melhor IDH. Contudo, o país encontra-se
estagnado nessa posição há três anos, evidenciando dificuldades tanto
econômicas quanto sociais.
Em 2018 o país apresentou melhoras no que tange à saúde e renda e
manteve-se estagnado quanto à educação. A média de anos de escolarização do
brasileiro é de 7,8 e mantém-se desde 2016. A média de anos escolares esperada
para um adulto é de 15,4 anos. Em 2016 a expectativa de vida dos brasileiros
era de 75,5, passando para 75,7 em 2018, o que representa melhoria nas
políticas públicas voltadas à saúde.
Além do Índice de Desenvolvimento
Humano do país, há também o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM), que analisa também três dimensões: expectativa de vida,
educação e renda, assim como o IDH global. Aquele analisa a qualidade de vida
nos municípios brasileiros segundo à realidade do país, apontando os desafios
regionais bem como as suas potencialidades.
Segundo o IDHM, os 100
municípios com melhor qualidade de vida encontram-se principalmente
na região Sudeste e na região Sul do país. Segundo o
Pnud Brasil, São Caetano do Sul, no estado de São Paulo, lidera o ranking com
IDHM de 0,862. A última posição é ocupada por Melgaço, no Pará, com IDHM de
0,418. Para saber mais sobre o assunto, leia nosso texto: IDH do Brasil.
IDH mundial
O IDH mundial é liderado por países com
alto desenvolvimento humano. Os primeiros dez países do ranking encontram-se
nos continentes europeu e asiático. Já
os países com baixo desenvolvimento humano estão na Oceania, África e Ásia.
Leia mais: Países da Europa
Veja a lista com os melhores e piores IDHs do mundo:
Alto desenvolvimento humano |
Baixo desenvolvimento humano |
Noruega
– 0,953 |
Níger –
0,354 |
Suíça –
0,944 |
República
Centro Africana – 0,367 |
Austrália
– 0,939 |
Sudão
do Sul – 0,388 |
Irlanda
– 0,938 |
Chade –
0,404 |
Alemanha
– 0,936 |
Burundi
– 0,417 |
Islândia
– 0,935 |
Serra
Leoa – 0,419 |
Suécia
– 0,933 |
Burkina
Faso |
Singapura
– 0,932 |
Mali –
0,417 |
Holanda
– 0,931 |
Libéria
– 0,435 |
Dinamarca
– 0,929 |
Moçambique
– 0,437 |
Notas
|1| Cálculo dos índices de desenvolvimento
humano. Para acessar, clique
aqui.
Por Rafaela Sousa
Professora de Geografia
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou
acadêmico? Veja:
SOUSA, Rafaela.
"IDH – Índice de Desenvolvimento Humano"; Brasil Escola.
Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/idh-indice-desenvolvimento-humano.htm.
Acesso em 18 de fevereiro de 2021.
Países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
muito alto
GEOGRAFIA
Noruega e Austrália são os países que possuem o maior IDH do mundo,
esses países possuem um alto desenvolvimento socioeconômico.
Visando estabelecer a qualidade de vida das diferentes populações, a Organização
das Nações Unidas (ONU), por meio do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), criou um indicador chamado Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH).
Para se obter o IDH de um determinado lugar, são analisados três
aspectos:
- Nível de escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e
número esperado de anos de estudos.
- Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de
poder de compra dos habitantes.
- Nível de saúde: obtido através da expectativa de vida da população.
Esse item é um reflexo da qualidade dos serviços de saúde e de saneamento
ambiental.
Esses três aspectos eram somados e o resultado final era dividido por
três (cálculo simples). Porém, a partir de 2010, um novo método passou a ser
utilizado, onde o resultado final do IDH é obtido por meio da média geométrica
dos três itens analisados, ou seja, multiplicam-se os três itens e calcula-se a
raiz cúbica do resultado.
Esse indicador varia de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1, maior o IDH
de uma nação. De acordo com dados divulgados em 2010 pela ONU, são considerados
Índices de Desenvolvimento Humano elevadíssimo àqueles que apresentam média
superior a 0,787. O ranking é formado por 169 países, sendo que as 25% melhores
médias (42 países) possuem IDH muito alto. Confira a lista desses países com
elevado padrão socioeconômico:
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1° Noruega: 0,938.
2° Austrália: 0,937.
3° Nova Zelândia: 0,907.
4° Estados Unidos: 0,902.
5° Irlanda: 0,895.
6° Liechtenstein: 0,891.
7° Países Baixos (Holanda): 0,890.
8° Canadá: 0,888.
9° Suécia: 0,885.
10° Alemanha: 0,885.
11° Japão: 0,884.
12° Coreia do Sul: 0,877.
13° Suíça: 0,874.
14° França: 0,872.
15° Israel: 0,872.
16° Finlândia: 0,871.
17° Islândia: 0,869.
18° Bélgica: 0,867.
19° Dinamarca: 0,866.
20° Espanha: 0,863.
21° Hong Kong: 0,862.
22° Grécia: 0,855.
23° Itália: 0,854.
24° Luxemburgo: 0,852.
25° Áustria: 0,851.
26° Reino Unido: 0,849.
27° Singapura: 0,846.
28° República Tcheca: 0,841.
29° Eslovênia: 0,828.
30° Andorra: 0,824.
31° Eslováquia: 0,818.
32° Emirados Árabes Unidos: 0,815.
33° Malta: 0,815.
34° Estônia: 0,812.
35° Chipre: 0,810.
36° Hungria: 0,805.
37° Brunei: 0,805.
38° Qatar: 0,803.
39° Bahrein: 0,801.
40° Portugal: 0,795.
41° Polônia: 0,795.
42° Barbados: 0,788.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH)
GEOGRAFIA
Conforme
o ranking mundial divulgado, em 2014, pela ONU, 33 países estão com baixo IDH.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), órgão
vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), é responsável por analisar o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países. Esse dado expressa a
qualidade de vida de uma determinada população, e utiliza como critério para o
cálculo os seguintes aspectos:
- Grau de escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e
expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada.
- Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de
poder de compra dos habitantes. Esse item tinha por base o PIB (Produto Interno
Bruto) per capita, no entanto, a partir de 2010, ele foi substituído pela Renda
Nacional Bruta (RNB) per capita, que avalia praticamente os mesmos aspectos que
o PIB, no entanto, a RNB também considera os recursos financeiros oriundos do
exterior.
- Nível de saúde: baseia-se na expectativa de vida da população; reflete
as condições de saúde e dos serviços de saneamento ambiental.
Esses três itens eram somados e o resultado final era dividido por três.
Porém, a partir de 2010, um novo método passou a ser utilizado, onde o
resultado final do IDH é obtido através da média geométrica dos três itens
analisados, ou seja, multiplicam-se os três itens e calcula-se a raiz cúbica do
resultado.
As médias variam de 0 a 1, sendo que quanto mais próximas de 0, menor o
IDH de um determinado país. Países que estão entre as 25% piores médias são
considerados de baixo IDH. Conforme o ranking mundial divulgado em 2014 pela
ONU, 33 nações possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano. Confira a lista
com os países que apresentam baixo IDH:
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153. Madagascar: 0,498 (África)
154. Zimbábue: 0,492 (África)
155. Ilhas Salomão: 0,491 (Oceania)
156. Papua Nova Guiné: 0,491 (Oceania)
157. Comores: 0,488 (África)
158. Tanzânia: 0,488 (África)
159. Mauritânia: 0,487 (África)
160. Lesoto: 0,486 (África)
161. Senegal: 0,485 (África)
162. Uganda: 0,484 (África)
163. Benin: 0,476 (África)
164. Sudão: 0,473 (África)
165. Togo: 0,473 (África)
166. Haiti: 0,471 (América Central)
167. Afeganistão: 0,468 (Ásia)
168. Djibuti: 0,467 (África)
169. Costa do Marfim: 0,452 (África)
170. Gâmbia: 0,441 (África)
171. Etiópia: 0,435 (África)
172. Malawi: 0,414 (África)
173. Libéria: 0,412 (África)
174. Mali: 0,407 (África)
175. Guiné-Bissau: 0,396 (África)
176. Moçambique: 0,393 (África)
177. Guiné: 0,392 (África)
178. Burundi: 0,389 (África)
179. Burkina Faso: 0,388 (África)
180. Eritreia: 0,381 (África)
181. Serra Leoa: 0,374 (África)
182. Chade: 0,372 (África)
183. República Centro Africana: 0,341 (África)
184. República Democrática do Congo: 0,338 (África)
185. Níger: 0,337 (África)
Ao analisarmos a lista, fica nítido que o continente africano detém as
piores posições do ranking (28 países, entre os 33, são da África), fatores
como o baixo desenvolvimento econômico, elevadas taxas de analfabetismo e
mortalidade infantil, além de doenças como a AIDS e a malária, contribuem para
esse cenário.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Sobrepopulação
A sobrepopulação é a principal causa da maioria dos problemas mundiais.
Quer seja uma questão de falta de comida, falta de água potável ou falta de
energia, cada país do mundo é, ou será, afectado pelo factor sobrepopulação.
Em parte graças à importação de bens do estrangeiro, qualquer país é
capaz de manter a sua própria segurança social. Mas isto não se pode passar de
uma forma ilimitada. De facto, o número de habitantes está a crescer em cada
país. A população mundial ameaça crescer, nas próximas décadas, para 8 ou 10 biliões.
Existe uma boa hipótese de que mais e mais países irão necessitar dos seus
próprios produtos.
O nosso planeta poderá proporcionar uma qualidade de vida à que se
desfruta na União Europeia a não mais do que 2 biliões de pessoas. Com uma
população de entre 8 e 10 biliões, a segurança social por pessoa, à escala
mundial, irá baixar para a do pobre agricultor que dificilmente consegue
sustentar-se a si próprio e não sabe nada da segurança social. E, desta forma, teremos
de partilhar tudo irmãmente de modo a evitar disputas ou guerras.
O clima está a mudar e não importa muito se se deve à mão humana ou a
alterações no sistema solar. O nível do mar só tem de subir ligeiramente para
fazer com que uma parte das valiosas terras agrícolas desapareçam. Actualmente,
parece que pensamos que conseguimos manter um passo à frente da fome com a
utilização de fertilizantes artificiais, com a alimentação artificial de
animais e outras estratégias de sobrevivência.
Os seres humanos têm a tendência a querer mais e mais segurança social.
A nível mundial, o número de carros e frigoríficos está a aumentar aos nossos
olhos. Mas, irá chegar uma altura em que o crescimento da população e a
segurança social irão colidir. Existe uma boa hipótese de que grupos
populacionais vagueiem pelo mundo à procura de mais comida e bem-estar.
Os técnicos estão felizes por poder tirar da manga tecnologia que tenha
soluções para todos os nossos problemas. Infelizmente, as soluções técnicas
ainda não foram capazes de combater a fome no mundo de uma forma significativa.
Onde não houver reconhecimento ou resolução para os problemas à escala mundial,
a guerra e a violência parecem ser inevitáveis: todos querem escapar.
A única solução é uma política populacional aplicada à escala mundial.
Este site fornece-lhe, por idioma e, sempre que possível, por país, artigos,
filmes e imagens de todo o mundo que mostram o que é a sobrepopulação e por que
é que é importante uma política populacional. Infelizmente, qualquer discussão
sobre sobrepopulação ou sobre políticas populacionais é considerada tabu.
O mundo dos negócios e a religião parecem ser as únicas áreas que se
preocupam com o crescimento populacional. Permitir o desaparecer do bem-estar é
tão difícil para os ricos como fugir da pobreza para os pobres. Além disso, o
cenário de crescimento continua a dominar o pensamento mundial acerca de
soluções para os problemas aqui evidenciados.
Gostaríamos de o/a convidar para conhecer os conteúdos deste site.
Também damos as boas-vindas a contribuições multimédia que gostasse de dar. A
Fundação holandesa CVTM (o Ten Million Club), uma organização sem fins
lucrativos, tornou este site possível. Poderá também apoiar-nos com as suas
contribuições através do site.
População
DINÂMICA POPULACIONAL
O estudo
sobre a dinâmica populacional do mundo não é algo recente. Remonta-se a um
período anterior ao século XVIII, em que se formularam teorias sobre o
crescimento populacional utilizadas até os dias atuais. Cada uma dessas teorias
correspondia a uma visão de sociedade e do próprio movimento histórico que se
seguia. Embora houvesse essas distinções, todas as teorias formuladas até então
se preocupavam em explicar o crescimento da população e seus impactos sobre a
natureza e a organização da sociedade.
Assim,
para conseguir responder às duvidas sobre o futuro das sociedades o estudo
sobre a dinâmica populacional elencou três tipos de indicadores, que
funcionariam como padrões a serem analisados: mortalidade, natalidade e
fecundidade.
A
mortalidade é calculada a partir da relação entre o número de óbitos em um
determinado ano e a população total neste mesmo ano; a seguir, multiplica-se o
resultado por mil (para evitar excesso de decimais). Já a mortalidade infantil
é calculada a partir da multiplicação por mil do número de crianças, com menos
de um ano, que morreram em um determinado ano; a seguir, divide-se o resultado
pelo número de crianças nascidas vivas naquele mesmo ano.
Os
números oferecidos por estas equações matemáticas devem ser interpretados, ou
seja, obter somente o número não é revelador da situação em que a sociedade
está submetida. Por isso, alguns pensadores argumentam que a elevação dos
números relativos à mortalidade indicaria a superexploração do trabalhador, uma
vez que seria o reflexo da redução de salários e acesso à saúde e cuidados
básicos.
A
natalidade é calculada com base na multiplicação por mil do número de
nascimentos em um dado ano, dividindo-se o resultado pela população total no
ano e local considerados na análise. A fecundidade, por sua vez, relaciona o
número de crianças com menos de cinco anos ao número de mulheres em idade
reprodutiva (este dado varia conforme o país, podendo ser de 15 a 44 anos; 14 a
49 anos ou 20 a 44 anos).
A taxa de fecundidade sofreu alterações com a
consolidação da industrialização, uma vez que as mulheres adentraram ao mercado
de trabalho, demorando mais tempo para engravidar e constituir família. Vale
destacar que os índices de natalidade também vem sofrendo reduções em função
das melhores condições de vida de uma parcela significativa da sociedade, como
também, por causa de um novo entendimento sobre o papel da família na
contemporaneidade.
FASES DO CRESCIMENTO
POPULACIONAL.
O
crescimento populacional é marcado por fases de crescimento. Em uma primeira
fase, característica dos países subdesenvolvidos, as taxas de natalidade e
mortalidade são elevadas. Isso demonstra que o país não dispõe de políticas
públicas ligadas à saúde, uma vez que a população morre com pouca idade e,
sequer, oferece métodos contraceptivos à sua população, já que as taxas de
natalidade são altas. Nessa fase, a pirâmide populacional apresenta base larga
e topo fino.
Primeira fase:
base larga e topo fino (Foto: Colégio Qi)
Na
segunda fase do crescimento populacional, características dos países em
desenvolvimento, como o Brasil, as taxas de natalidades apresentam diminuição,
mas as taxas de mortalidade permanecem altas. Essas mudanças são reflexos de
algumas situações:
- Entrada da mulher no mercado de trabalho, o que pressupõe planejamento
familiar;
- Urbanização crescente, pessoas migrando do campo em direção às cidades.
- Alto custo de vida nas cidades, famílias começam a reduzir sua prole dado os
gastos com a criação (escola, saúde, lazer, entre outros).
- Acesso à contraceptivos, que promovem o controle da natalidade.
- Nesta fase, por sua vez, a pirâmide é apresentada com uma base menor e o topo
pequeno, se assemelhando a uma coluna.
Segunda fase
do crescimento populacional (Foto: Colégio Qi)
A última
fase do crescimento populacional é caracterizada pelas baixas taxas de
natalidade e mortalidade, situação pertencente aos países desenvolvidos,
sobretudo da Europa. Os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos ainda não
alcançaram essa fase, estima-se que o Brasil a alcance somente em 2050. Embora
possa parecer que estas fases representem etapas para “um país melhor”, países
como a França e o Japão temem pelo futuro de suas economias, uma vez que a
oferta de força de trabalho tem se reduzido drasticamente, aumentando, em
contrapartida, os gastos com o sistema previdenciário. Nesta fase, a pirâmide é
invertida em relação à primeira fase, pois apresenta topo largo e base muito
estreita.
Última fase do
crescimento populacional (Foto: Colégio Qi)
Dessa maneira, por mais que o país tenha um gasto
menor com a população jovem (como por exemplo, educação), precisa se preocupar
com o envelhecimento de sua população adulta, o que vai gerar mais aposentados
e menos força de trabalho disponível, onerando o sistema previdenciário. Para
amenizar sua situação, o Japão passou a facilitar a entrada de imigrantes
descendentes de japoneses para trabalharem nos setor secundário e terciário de
sua economia. Esses imigrantes descendentes de japoneses ficaram conhecidos
como dekasséguis. Em países europeus, como a França, a entrada de
mão de obra estrangeira é problemática, pois o país possui grupos xenofóbicos,
que são contrários à entrada de imigrantes, sobretudo àqueles vindos de países
da África. Além da França, os Estados Unidos também possui grupos contrários à
entrada de imigrantes, sobretudo àqueles vindos do México.
Transição demográfica
Descrição
Descrição
Transição
demográfica é um conceito que descreve a dinâmica do crescimento populacional,
decorrente dos avanços da medicina, urbanização, desenvolvimento de novas
tecnologias, taxas de natalidade e outros fatores. Em primeiro lugar, explica
porque a população mundial disparou nos últimos 200 anos.
Demografia
GEOGRAFIA
A Demografia é uma importante área do conhecimento, pois amplia os
saberes sobre as populações humanas e suas características.
A demografia é a área do conhecimento que se preocupa
em estudar o comportamento, as transformações e a dinâmica geral da população,
utilizando-se principalmente de elementos estatísticos e pesquisas
qualitativas. Esse ramo do saber em muito se aproxima à Geografia da
População, que, da mesma forma, também se preocupa com as dinâmicas
populacionais, enfatizando as questões sociais relacionadas ao espaço
geográfico.
A população é definida como o número de pessoas que habita um
determinado território ou região. Dessa forma, os seus ciclos de crescimento,
seu nível médio de renda, sua distribuição, entre outros fatores, são de
fundamental importância para a compreensão do funcionamento dos diversos
aspectos do espaço social.
Um dos elementos demográficos mais estudados pela Geografia da População
e pela Demografia é o índice de crescimento populacional. O crescimento
acelerado ou desacelerado das populações é algo constantemente debatido e
teorizado por especialistas e teóricos dessas áreas do saber. Precisar com
detalhes o funcionamento desse fator é importante para o planejamento de
políticas públicas e ações sociais.
O principal órgão brasileiro de pesquisa sobre a população é o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Esse organismo realiza a cada
dez anos o Censo Demográfico, uma importante e abrangente forma de
quantificar estatisticamente os mais diversos dados e informações, envolvendo
desde a renda e a saúde da população até a sua preferência religiosa.
Estão disponíveis, na presente seção, textos que envolvem os diversos
temas e conceitos demográficos, estes relacionados não tão somente à Geografia
da População, mas a diversas áreas do conhecimento, como a sociologia e a
economia. Esperamos oportunizar um espaço de leitura e discussão sobre os temas
concernentes às dinâmicas populacionais.
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