AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DOS
SEGUNDOS ANOS C e D
OBSERVAÇÃO: Responda as
questões através do formulário:
https://forms.gle/5LxqtQzM5ftJMcJr8
QUESTÃO 1
Um escritor destaca-se pela
produção dos gêneros conto, crônica e romance. A sua produção está relacionada
com o gênero:
a) épico.
b) lírico.
c) narrativo.
d) poético.
e) dramático.
QUESTÃO 2
São características do gênero
narrativo:
a) No gênero narrativo, há sempre
um eu que se expressa, elemento que é responsável pelo subjetivismo atribuído a
esse tipo de composição.
b) O gênero narrativo é marcado
pela afetividade e pela emotividade do clima lírico, sempre relacionado com o
íntimo e a introspecção.
c) O gênero narrativo apresenta
um enredo, no qual existe uma situação inicial, a modificação da situação
inicial, um conflito, o clímax e o epílogo. Os elementos que compõem o gênero
narrativo são narrador, tempo, lugar, enredo ou situação e as personagens.
d) O gênero narrativo faz
referência à narrativa feita em forma de versos, contando histórias e fatos
grandiosos e heroicos sobre a história de um povo. O narrador fala do passado,
o que justifica os verbos sempre empregados no tempo pretérito.
QUESTÃO 3.
Leia o texto a seguir e classifique-o de
acordo com o gênero:
O
lobo e o leão
Um Lobo, que acabara de
roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão que o
melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de
servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido
por alguém.
No entanto, contrariando a sua
vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele
cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a
ovelha.
O Lobo, contrariado, mas
sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado,
com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para
si aquilo que por direito me pertence!"
O Leão, sentindo-se um
tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o
Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo
apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como
pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado
como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?"
a) Gênero lírico – crônica.
b) Gênero épico – anedota.
c) Gênero narrativo – conto.
d) Gênero lírico – poema.
e) Gênero narrativo – fábula.
QUESTÃO 4
Leia os fragmentos abaixo para
responder à questão:
I.
“A serena, amorosa Primavera,
O doce autor das glórias que consigo,
A Deusa das paixões e de Citera;
Quanto digo, meu bem, quanto não digo,
Tudo em tua presença degenera.
Nada se pode comparar contigo (...)”.
Nada se Pode Comparar Contigo -
Bocage
II.
Canta, ó deusa, a cólera de
Aquiles, o Pelida
(mortífera!, que tantas dores
trouxe aos Aqueus
e tantas almas valentes de heróis
lançou no Hades,
ficando seus corpos como presa
para cães e aves
5 de rapina, enquanto se cumpria
a vontade de Zeus),
desde o momento em que primeiro
se desentenderam
o Atrida, soberano dos homens, e
o divino Aquiles.
Ilíada - Homero
III.
MADAME CLESSI –
Deixa o homem! Como foi que você soube do meu nome?
ALAÍDE –
Me lembrei agora! (noutro tom) Ele está-me olhando. (noutro tom, ainda) Foi uma
conversa que eu ouvi quando a gente se mudou. No dia mesmo, entre papai e
mamãe. Deixe eu me recordar como foi...
Já sei! Papai estava dizendo: “O
negócio acabava...”
(Escurece o plano da alucinação.
Luz no plano da memória. Aparecem pai e mãe de Alaíde.)
PAI (continuando
a frase) – “...numa orgia louca.”
MÃE – E
tudo isso aqui?
PAI – Aqui,
então?!
MÃE –
Alaíde e Lúcia morando em casa de Madame Clessi. Com certeza, é no quarto de
Alaíde que ela dormia. O melhor da casa!
PAI –
Deixa a mulher! Já morreu!
MÃE –
Assassinada. O jornal não deu?
PAI –
Deu. Eu ainda não sonhava conhecer você. Foi um crime muito falado. Saiu
fotografia.
MÃE –
No sótão tem retratos dela, uma mala cheia de roupas. Vou mandar botar fogo em
tudo.
PAI –
Manda.
Vestido de noiva – Nelson
Rodrigues
IV.
“ (…) Ele gostava de matar, por
seu miúdo regozijo. Nem contava valentias, vivia dizendo que não era mau. Mas,
outra vez, quando um inimigo foi pego, ele mandou: – “Guardem este.” Sei o que
foi. Levaram aquele homem, entre as árvores duma capoeirinha, o pobre ficou lá,
nhento, amarrado na estaca. O Hermógenes não tinha pressa nenhuma, estava
sentado, recostado. A gente podia caçar a alegria pior nos olhos dele. Depois
dum tempo, ia lá, sozinho, calmoso? Consumia horas, afiando a faca (...)”.
Grande Sertão: Veredas – João
Guimarães Rosa
Os fragmentos acima representam,
respectivamente, os seguintes gêneros:
a) épico – lírico – dramático –
narrativo.
b) lírico – épico – dramático –
narrativo.
c) narrativo – dramático – épico
– lírico.
d) lírico – épico – narrativo –
dramático.
e) dramático – narrativo – lírico
– épico.
QUESTÃO 5
Sobre o gênero lírico, estão
corretas, exceto:
a) Gênero marcado pela
subjetividade dos textos. Presença de um eu lírico que manifesta e expõe seus
sentimentos e sua percepção acerca do mundo.
b) As mais conhecidas estruturas
formais do gênero lírico são a elegia, o soneto, o hino, a sátira, o idílio, a
écloga e o epitalâmio.
c) São longos poemas narrativos
em que um acontecimento histórico protagonizado por um herói é celebrado.
d) Nota-se, no gênero lírico, a
predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade
das palavras.
e) Os poemas do gênero lírico
podem apresentar forma livre ou estruturas formais.
QUESTÃO 6.
LEIA O POEMA E RESPONDA:
Soneto de fidelidade
(Vinicius de Moraes)
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Nos dois primeiros quartetos do
soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta
a) não acredita no amor como
entrega total entre duas pessoas.
b) acredita que, mesmo amando
muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.
c) entende que somente a morte é
capaz de findar com o amor de duas pessoas.
d) concebe o amor como um sentimento
intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.
e) vê, na angústia causada pela
ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.
QUESTÃO 7.
LEIA O TEXTO PUBLICITÁRIO:
DIGA NÃO AO NÃO
Quem disse que alguma coisa é
impossível?
Olhe ao redor. O mundo está cheio de coisas que,
segundo os pessimistas, nunca teriam acontecido.
“Impossível”.
“Impraticável”.
“Não”.
E ainda assim, sim.
Sim, Santos Dumont foi o primeiro homem a decolar a bordo de um
avião, impulsionado por um motor aeronáutico.
Sim, Visconde de Mauá, um dos maiores empreendedores do Brasil,
inaugurou a primeira rodovia pavimentada do país.
Sim, uma empresa brasileira também inovou no país.
Abasteceu o primeiro voo comercial brasileiro.
Foi a primeira empresa privada a produzir petróleo na Bacia de Campos.
Desenvolveu um óleo combustível mais limpo, o OC Plus.
O que é necessário para transformar o não em sim?
Curiosidade. Mente aberta. Vontade de arriscar.
E quando o problema parece insolúvel, quando o desafio é muito
duro, dizer: vamos lá.
Soluções de energia para um mundo real.
(Jornal da ABI. Número 336,
dez. De 2008 – adaptado)
O texto publicitário apresenta a
oposição entre “impossível”, “impraticável”, “não” e “sim, “sim”, “sim”. Essa
oposição, usada como um recurso argumentativo, tem a função de:
a) minimizar a importância da
invenção do avião por Santos Dumont.
b) mencionar os feitos de grandes
empreendedores da história do Brasil.
c) ressaltar a importância do
pessimismo para promover transformações.
d) associar os empreendimentos da
empresa petrolífera a feitos históricos.
e) ironizar os empreendimentos
rodoviários de Visconde de Mauá no Brasil.
QUESTÃO 8.
COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA MUITO MAIS
FÁCIL.
1. Fumar aumenta o número de
receptores do seu cérebro que se ativam
com nicotina.
2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles enlouquecem e
você sente os desagradáveis sintomas da falta do cigarro.
3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera nicotina
terapêutica de forma controlada no seu organismo, facilitando o
processo de parar de fumar e ajudando a sua força de vontade. Com
Niciga, você tem o dobro de chances de parar de fumar.
Para convencer o leitor, o
anúncio emprega como recurso expressivo, principalmente,
a) as rimas entre Niciga e
nicotina.
b) o uso de metáforas como “força
de vontade”.
c) a repetição enfática de termos
semelhantes como “fácil” e “facilidade”.
d) a utilização dos pronomes de
segunda pessoa, que fazem um apelo direto ao leitor.
e) a informação sobre as consequências
do consumo do cigarro para amedrontar o leitor.
QUESTÃO
09
Fomos
treinados para o preconceito. Libertar-se disso pode ser assustador – Leonardo
Sakamoto – 16/01/2016
Deve
ser assustador para uma pessoa que cresceu no seio da tradicional família brasileira,
foi educada em escolas com métodos e conteúdos convencionais e espiritualizada
em igrejas e templos conservadores, conviveu em espaços de socialização que não
questionam o passado apenas o reafirmam e, é claro, assistiu a muita, muita TV,
de repente, ser bombardeada com novas “regras'' e “normas'' de vivência,
diferentes daquelas com as quais está acostumada.
Ouvi
um desabafo sincero do pai de uma amiga que não entendia como as coisas estavam
mudando assim tão rápido. Ele reclamava que tirar uma da cara do “amigo que era
mais gordinho'' era só “coisa de criança'' e não bullying passível de punição.
“A sociedade está ficando muito chata'', disse desconsolado.
Ao
circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem,
assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto
em que circula o artigo de opinião, seu objetivo básico é:
a)
definir regras de comportamento social pautadas no combate ao preconceito.
b)
influenciar o comportamento do leitor por meio de apelos.
c)
defender a importância do conhecimento das várias condutas morais na sociedade.
d)
apresentar as diversas opiniões sobre as diferenças sociais.
e)
ironizar determinada prática social em relação às diferenças.
QUESTÃO 10
Principal
investigação sobre “black blocs” termina sem acusar ninguém.
Folha de São Paulo –
25/01/2016
Dois
anos e cerca de 300 testemunhos depois, a principal investigação sobre a tática
de destruição dos “black blocs” durante as manifestações de 2013 e 2014 em São
Paulo foi concluída sem um único indiciamento.
A
cargo da Polícia Civil, o chamado “inquérito-mãe” sobre o tema não teve êxito,
segundo policiais e promotores entrevistados, porque não conseguiu
individualizar as condutas criminosas.
Os investigados foram
arrolados pela suspeita de organização criminosa, que se configura pela
associação de três ou mais pessoas para a prática de crimes. Ainda assim,
faltaram elementos para responsabilizá-los e uma argumentação jurídica sólida.
A
notícia, do ponto de vista de seus elementos constitutivos,
a)
apresenta argumentos contra o movimento “black bloc”.
b)
informa sobre uma ação e o resultado dessa ação.
c)
dirige-se aos órgãos governamentais dos estados envolvidos na referida
operação.
d)
introduz um fato com a finalidade de incentivar movimentos sociais.
QUESTÃO 11
"Todas
as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e
subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a
língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da
sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas
modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo,
embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais
prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma
comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras
variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação."
Celso Cunha. Nova
gramática do português contemporâneo. Adaptado.
A
partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:
a)
conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor
social e passa a ser considerada exemplar.
b)
sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de
empobrecimento do léxico.
c) a
modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das
adaptações linguísticas produzidas pelos falantes.
d) A
língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda
modificação é prejudicial a um sistema linguístico.
QUESTÃO 12
Enem
2013 (Variações linguísticas no Enem)
Até quando?
Não
adianta olhar pro céu
Com
muita fé e pouca luta
Levanta
aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita
greve, você pode, você deve, pode crer
Não
adianta olhar pro chão
Virar a
cara pra não ver
Se liga
aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu
não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o
mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music,
2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas
pelo autor conferem ao texto
a) caráter atual, pelo uso de
linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela
predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela
recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da
linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão
da linguagem.
QUESTÃO 13
Enem
2012 (Variações linguísticas no Enem)
Texto
I
Antigamente
Antigamente, os
pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os
dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não
devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na
cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda
cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava
mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da
instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para
comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas
lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando
com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O
melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de
fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele
abria o arco.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
Texto
II
Expressão |
Significado |
Cair nos braços
de Morfeu |
Dormir |
Debicar |
Zombar,
ridicularizar |
Tunda |
Surra |
Mangar |
Escarnecer,
caçoar |
Tugir |
Murmurar |
Liró |
Bem-vestido |
Copo d'água |
Lanche oferecido
pelos amigos |
Convescote |
Piquenique |
Treteiro de
topete |
Tratante atrevido |
Abrir o arco |
Fugir |
Bilontra |
Velhaco |
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In:
Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
Na leitura do
fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas,
que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro
atual. Esse fenômeno revela que
a) a língua
portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do
cotidiano.
b) o português
brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português
europeu.
c) a
heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo
temporal.
d) o português
brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua
independente.
e) o léxico do
português representa uma realidade linguística variável e diversificada.
QUESTÃO 14
“Contudo,
a divergência está no fato de existirem pessoas que possuem um grau de
escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um
determinado modo de falar como o “correto”, não levando em consideração essas
variações que ocorrem na língua. Porém, o senso linguístico diz que não há
variação superior à outra, e isso acontece pelo “fato de no Brasil o português
ser a língua da imensa maioria da população não implica automaticamente que
esse português seja um bloco compacto coeso e homogêneo”. (BAGNO, 1999, p. 18)
Sobre o
fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:
a) A
língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opressão. Quem
estudou mais define os padrões linguísticos, analisando assim o que é correto e
o que deve ser evitado na língua.
b) As
variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas
intenções comunicacionais.
c) A
variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento
de afirmação da identidade de alguns grupos sociais.
d) O
aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras.
e)
Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser
considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro de um
determinado grupo social.
Cultivar um estilo de vida
saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também
de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação
saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as
chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o
controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue.
Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que,
somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com
acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.
QUESTÃO 15 - ENEM 2011
ATALIA, M. Nossa vida. Época.
23 mar. 2009.
As ideias veiculadas no texto
se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse
respeito, identifica-se, no fragmento, que
a) a expressão “Além disso”
marca uma sequenciação de ideias.
b) o conectivo “mas também”
inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como
morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
d) o termo “Também” exprime uma
justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente
“níveis de colesterol e de glicose no sangue”.
QUESTÃO 16 (Simulado INEP) –
Aumento do efeito estufa ameaça
plantas, diz estudo.
O aumento de dióxido de carbono
na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode
ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar
diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na
Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o
crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde
das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países.
O Estado de São Paulo, 20 set.
1992, p.32.
O texto acima possui elementos
coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa perspectiva,
conclui-se que
a) a palavra “mas”, na linha 2,
contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2.
b) a palavra “embora”, na linha
4, introduz uma explicação que não encontra complemento no restante do texto.
c) as expressões:
“consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na linha 6,
reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.
d) o uso da palavra
“cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma
vez que se fala em “estudo” no título do texto.
e) a palavra “gás”, na linha 5,
refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas 1 e 2, reforçando
a ideia de catástrofe.
QUESTÃO
17 (Enem/2014)
Censura
moralista
Há tempos que a
leitura está em pauta. E, diz-se, em crise. Comenta-se esta crise, por exemplo,
apontando a precariedade das práticas de leitura, lamentando a falta de
familiaridade dos jovens com livros, reclamando da falta de bibliotecas em
tantos municípios, do preço dos livros em livrarias, num nunca acabar de
problemas e de carências. Mas, de um tempo para cá, pesquisas acadêmicas vêm
dizendo que talvez não seja exatamente assim, que brasileiros leem, sim, só que
leem livros que as pesquisas tradicionais não levam em conta. E, também de um
tempo para cá, políticas educacionais têm tomado a peito investir em livros e
em leitura.
LAJOLO, M.
Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 2 dez. 2013 (fragmento).
Os falantes, nos
textos que produzem, sejam orais ou escritos, posicionam-se frente a assuntos
que geram consenso ou despertam polêmica. No texto, a autora
a) ressalta a importância de os professores incentivarem os jovens às
práticas de leitura.
b) critica pesquisas tradicionais que atribuem a falta de leitura à
precariedade de bibliotecas.
c) rebate a ideia de que as políticas educacionais são eficazes no combate à
crise de leitura.
d) questiona a existência de uma crise de leitura com base nos dados de
pesquisas acadêmicas.
e) atribui a crise da leitura à falta de incentivos e ao desinteresse dos
jovens por livros de qualidade.
TEXTO I
CIDADANIA X
CORRUPÇÃO
Indignar-se é
preciso! Exercer cidadania, que só encontra cenário propício em sistema
democrático, implica a noção mínima dos direitos de cidadão e a capacidade de
reivindicá-los dos poderes constituídos. Ora, o efetivo acesso ao Judiciário,
último arquejo do cidadão, à educação, direito de todos e dever do Estado, à
saúde, à informação, dentre outros, depende da vontade política posta e do grau
de consciência e reivindicação de um povo.
Daí causar
indignação o fato de se saber que com a presença da corrupção quantidades
incalculáveis de dinheiro deixam de chegar ao cidadão em formas de bens e
serviços de obrigação do Estado, indo, ao reverso, para os bolsos de
inescrupulosos indivíduos ou quadrilhas, que teimam em sangrar o que é do povo.
Corrupção não é prerrogativa do Brasil, o que não é consolo. Tem-se notícia, só
para ficar entres os Brics, que em países como a China, de crescimento de vanguarda,
os níveis de corrupção são imensos.
Penso que a
educação para a não corrupção deve começar dentro de casa, na família, nos mais
singelos gestos, passar de forma efetiva e vigorosa pela escola, no nível mais
elementar até os superiores, e por campanhas constantes dos meios de
comunicação, de tal sorte que seja inculcada, de maneira sólida e permanente, a
ideia de que se deve ser ético e via de consequência sempre se afastar da
corrupção, seja na vida privada, seja, principalmente, na vida pública, na qual
aquele que a tal se habilita se compromete a buscar incessantemente tudo que
corrobore para a consecução dos interesses do povo, vale dizer, tudo que
facilite o pleno acesso à cidadania.
Estamos
cansados de ver corrupção por todos os lados. O cidadão que paga seus impostos
e que vive do seu trabalho não merece ser vilipendiado por inescrupulosos da
lei do vale tudo. Educação para a não corrupção e para cidadania, leis mais
duras, Ministério Público e Judiciário mais implacáveis com os corruptos! São
caminhos...
Emmanuel
Furtado - Desembargador do TRT e professor da UFC
Jornal O Povo
– 12/02/2015 - ARTIGO DE OPINIÃO
QUESTÃO 18
A tese defendida pelo autor pode ser
encontrada no seguinte trecho
a) “Tem-se
notícia, só para ficar entres os Brics, que em países como a China, de
crescimento de vanguarda, os níveis de corrupção são imensos”.
b) “Exercer
cidadania, que só encontra cenário propício em sistema democrático, implica a
noção mínima dos direitos de cidadão e a capacidade de reivindicá-los dos
poderes constituídos”.
c) “Daí
causar indignação o fato de se saber que com a presença da corrupção
quantidades incalculáveis de dinheiro deixam de chegar ao cidadão em formas de
bens e serviços de obrigação do Estado...”
d) “Penso que
a educação para a não corrupção deve começar dentro de casa, na família, nos
mais singelos gestos, passar de forma efetiva e vigorosa pela escola, no nível
mais elementar até os superiores, e por campanhas constantes dos meios de
comunicação...”
e) “O cidadão
que paga seus impostos e que vive do seu trabalho não merece ser vilipendiado
por inescrupulosos da lei do vale tudo”.
QUESTÃO 19
A principal solução apontada no texto por
Emmanuel Furtado sobre a questão da corrupção é:
a) Fazer
campanhas constantes nos meios de comunicação, conscientizando o cidadão dos
seus deveres e direitos.
b) Os
corruptos devem ser punidos com rigor e devem reparar todo prejuízo causado ao
país e aos cidadãos.
c) As penas
aplicadas para todos que se envolvem em casos de corrupção devem ser bem mais
severas.
d) As
atitudes cidadãs devem ser ensinadas em casa, através de pequenos gestos no dia
a dia e nas escolas, a fim de formar o bom caráter das pessoas.
e) A
população deve ir à rua para protestar contra a corrupção e exigir dos
políticos leis mais duras para esses casos.
QUESTÃO 20.
Faz parte dos argumentos do autor:
I. A
corrupção não é um problema apenas do Brasil.
II. O cidadão
que paga os seus impostos é ultrajado pelos inescrupulosos.
III. A
corrupção ocorre somente no meio político.
IV. O
Ministério Público e o Judiciário são implacáveis com os corruptos.
a) Estão
corretos os itens I e VI.
b) Estão
corretos os itens I e III.
c) Estão
corretos os itens II e III.
d) Estão
corretos os itens III e IV.
e) Estão corretos os itens I e II.
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