E.E. PARQUE MARAJOARA II
PROFª MÔNICA LUKSEVICIUS
ATIVIDADE DIAGNÓSTICA – LÍNGUA PORTUGUESA
1º ANO ENSINO MÉDIO – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - 1º BIMESTRE –
2021
1 - Há qualquer coisa de especial
nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal ‒ eu não fazia isso há
muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes
também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias
mesmo o escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua
cara escrevendo para reclamar: moderna demais, antiquada demais.
Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos
que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você
escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com
meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com minha
namorada”. Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim:
é como me botarem no colo ‒ também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta
no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que está sendo ótima,
essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro,
outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando parece
que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi
há muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais
secreto de calar.
LUFT, L. Pensar é transgredir.
Rio de janeiro: Record, 2004.
Os textos fazem uso constante
de recurso que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à construção do
fragmento, o elemento
a)
“nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.
b)
“assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c)
“isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d)
“alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
e)
“essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.
2. De domingo
—
Outrossim?
— O quê?
— O que o quê?
— O que você disse.
— Outrossim?
— É.
— O que que tem?
— Nada. Só achei engraçado.
— Não vejo a graça.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
— Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo.
— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira.
— Não. Palavra de segunda-feira é "óbice".
— “Ônus".
— “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.
— “Resquício” é de domingo.
— Não, não. Segunda. No máximo terça.
— Mas “outrossim”, francamente…
— Qual o problema?
— Retira o “outrossim”.
— Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma palavra difícil de usar. Não é
qualquer um que usa “outrossim”.
(VERÍSSIMO. L.F. Comédias da vida privada. Porto
Alegre: LP&M, 1996)
No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas
palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o(a)
a)
marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias
da semana.
b) tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em
contextos formais.
c) caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela
recorrência de palavras regionais.
d) distanciamento entre os interlocutores, provocado pelo emprego de palavras
com significados poucos conhecidos.
e) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas
por parte de um dos interlocutores do diálogo.
3. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e
à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade
compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer
circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de
relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais
públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
Referências:
BRASIL. LEI Nº 8069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do
Adolescente. Brasília, DF, jul. 1990. Disponível em: < www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>.
Leia o Art 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente e responda:
● O parágrafo único chama atenção para qual palavra do Caput do Artigo?
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● O conteúdo das alíneas a, b, c e d também se relacionam com essa
palavra. O que as palavras sublinhadas têm em comum?
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● O Artigo foi escrito de um modo bastante detalhado. Se ele não fosse
dividido em partes, teria o mesmo efeito de sentido? Justifique sua resposta.
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4.
Os textos publicitários são
produzidos para cumprir determinadas funções comunicativas. Os objetivos desse
cartaz estão voltados para a conscientização dos brasileiros sobre a
necessidade de:
a)
as
crianças frequentarem a escola regularmente.
b)
a
formação leitora começar na infância.
c)
a
alfabetização acontecer na idade certa.
d)
a
literatura ter o seu mercado consumidor ampliado.
e)
as
escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura
5.
Ao relacionar o problema da seca à inclusão
digital, essa charge faz uma crítica a respeito da:
a)
dificuldade na distribuição de computadores nas
áreas rurais
b)
capacidade das tecnologias em aproximar realidades
distantes
c)
possibilidade de uso do computador como solução de
problemas sociais
d)
ausência de políticas públicas para o acesso da
população a computadores
e)
escolha das prioridades no atendimento às reais
necessidades da população
5
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